Preocupação na Agência Tributária de Tui: funcionários detectam níveis de radão “extremamente altos”

Alarme na Agência Tributária de Tui. A Central Sindical Independente e de Funcionários (CSIF) denunciou que foram detectados níveis “extremamente altos” de radão no edifício e solicitaram a “suspensão imediata das atividades”.

Assim o apontaram esta segunda-feira em um comunicado no qual destacaram que os altos níveis de radioatividade foram confirmados pelo Serviço de Prevenção de Riscos Laborais (PRL) durante a reunião do Comité de Segurança e Saúde da Administração Geral do Estado (AGE), também realizada esta segunda-feira, em Pontevedra.

O sindicato advertiu que os valores de radão “representam um risco grave para a saúde dos trabalhadores” e assim “exigiu a interrupção das atividades presenciais dos trabalhadores no edifício”.

Conforme sublinharam, a suspensão do trabalho nas instalações deve manter-se “até que se adotem as medidas necessárias para garantir a segurança e reduzir a exposição a este gás radioativo”.

As queixas dos funcionários

O sindicato sublinhou que a situação no edifício em Tui “demonstra o descumprimento das recomendações sobre segurança neste tipo de instalações”, apesar das “reiteradas advertências” da central sindical.

“Os níveis agora confirmados superam amplamente os limites legais e representam um risco grave para a saúde dos trabalhadores, incluindo a possibilidade de desenvolver câncer de pulmão após uma exposição prolongada”, expuseram.

Por isso, tal como explicam desde o sindicato, “o radão é um gás radioativo natural proveniente da desintegração do urânio”. Ao ar livre, o gás não representa um perigo, mas dentro dos edifícios acumula-se e adere a partículas respiráveis que se fixam em pulmões e vias respiratórias.

Além disso, a central sindical destacou que “desde 20 de junho de 2024 existe uma normativa que obriga as instituições públicas a medir os níveis de radão em centros de trabalho situados em plantas baixas ou abaixo do nível do solo de municípios prioritários”.

Solução ao problema

Para mitigar esta situação, CSIF insistiu que é necessário adotar medidas que incluem “melhorar a ventilação, selar fendas e buracos em paredes e solos, instalar sistemas de extração de ar e construir barreiras físicas para impedir a entrada do gás”.

Além disso, o sindicato advertiu da “responsabilidade legal dos responsáveis pelas instalações em caso de danos à saúde dos trabalhadores, incluindo possíveis sanções econômicas e penas de prisão por descumprimento da normativa de segurança e saúde laboral”.