Sindicatos mantêm a greve na Atenção Primária face aos avanços “mínimos” de Sanidade
CIG-Saúde, CSIF, CCOO e UGT afirmam que a consellería apresenta como avanço o que não é mais do que um movimento mínimo e insuficiente, enquanto evita enfrentar os pontos centrais que provocaram a greve
Edifício da Consellería de Sanidade e Serviço Galego de Saúde (Sergas), em San Lázaro, Santiago de Compostela – Europa Press
CIG-Saúde, CSIF, CCOO e UGT mantêm a greve em Atenção Primária prevista para a próxima semana diante dos avanços “mínimos” oferecidos pela Consellería de Sanidade. O comité de greve representado pelos sindicatos reuniu-se com representantes do Sergas nesta segunda-feira, que lhes apresentaram uma nova proposta que continua sem satisfazer as exigências das organizações.
“A administração vende como avanço o que não é mais que um movimento mínimo e insuficiente, enquanto evita enfrentar os pontos centrais que provocaram a greve”, alegam os sindicatos em um comunicado.
Consideram que a proposta sobre as vagas de FEAP continua sendo “inaceitável”, uma vez que não asseguram a retirada da categoria nem a reconversão das vagas atuais.
Avançam algumas das propostas, como a consolidação do transporte para a atenção domiciliar, a remuneração ao pessoal dos PAC que realiza prolongamentos de jornada em atenção ordinária em função do modelo de prolongamento realizado, a redução do tramo incentivado de jornada complementar de 160 a 140 horas no PAC, a equiparação do valor da jornada complementar dos enfermeiros de PAC com o dos enfermeiros de atenção ordinária, e o aumento do complemento de manutenção dos PAC.
Não aceitarão “mais truques”
Com tudo, consideram que estas medidas são “insuficientes”, dado que os pontos chave que levaram à convocação de greve “continuam sem uma proposta encima da mesa”. “O Sergas limita-se a falar de prazos e estudos, atrasando deliberadamente soluções urgentes”, lamentam.
Por isso, e ainda com uma próxima reunião já à vista prevista para sexta-feira, 21 de novembro, que se centrará na jornada dos PAC, advertem que não aceitarão “mais truques”.
“O debate deve ser sobre os critérios de cômputo da jornada e não sobre como obrigar os trabalhadores a perder horas ou doar tempo de trabalho. Não vamos permitir que nos roubem direitos nem tempo de vida”, concluem.