O BNG critica a moratória do eucalipto: “É um exercício de maquiagem política”
A deputada e responsável por Montes e Indústrias Florestais, Monste Valcárcel, sustenta que a moratória "abre a porta ao avanço do monocultivo de eucalipto"

Montse Valcárcel, deputada e responsável por Montes e Indústrias Florestais do BNG, considera que a prorrogação da moratória do eucalipto anunciada pelo governo da Xunta até 2030 “não é uma solução real, mas sim um simples exercício de maquilagem política”.
Para a deputada, o anúncio feito nesta quinta-feira pelo governo galego é “um remendo cheio de exceções” que, na prática, “abre a porta ao avanço do monocultivo de eucalipto”.
Nesse sentido, denunciou que essa espécie “continua crescendo sem controle, enquanto a Xunta não divulga os dados reais de superfície e as sanções impostas representam uma pequena parte das infrações detectadas”.
Como lamentou a nacionalista, o “problema de fundo” é que o governo galego, em vez de apoiar os proprietários de pinheiros para combater as pragas e recuperar as massas autóctones, “está incentivando e promovendo a substituição do pinheiro pelo eucalipto”.
Além disso, recordou que este ano queimaram-se em Galiza “mais hectares do que nunca” desde que há registros e alertou para as consequências de ter “grandes extensões” de eucaliptos.
Por tudo isso, os nacionalistas exigiram em comunicado à imprensa dotações “reais, quantificadas e suficientes para restaurar a floresta autóctone, apoiar a diversificação florestal e realmente frear o monocultivo”.
“O que está em jogo não é apenas a massa florestal: é o futuro das aldeias, da economia rural e da identidade da Galiza. Defender a serra galega é defender a Galiza”, concluiu Valcárcel.