O fogo devasta o Noroeste em um julho em que queimaram as mesmas hectares que no resto do ano.
O Ministério da Transição Ecológica revela que 38,76% dos incêndios ocorreram no noroeste, 25,13% no Mediterrâneo e 35,74% nas comunidades do interior.

Os incêndios florestais queimaram até 27 de julho um total de 33.359,69 hectares (ha) em todo o território, segundo dados do Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico (MITECO). Dessa cifra, 15.765 hectares foram devastados nesse mesmo mês, um número superior aos 17.594 que queimaram até junho.
Esses números fazem de 2025 o quinto ano com mais hectares queimados da última década depois de 2018 (11.847,69 ha), 2016 (18.147,82 ha), 2020 (23.586,75 ha) e 2024 (31.662,21 ha). Em comparação, queimaram-se 5,1% mais hectares do que em 2024 — quando se queimaram 31.662,21 ha — e 55,7% menos do que a média da última década, com uma média de 58.886 ha queimados entre 1 de janeiro e 27 de julho.
Quanto ao tipo de sinistro, Transição Ecológica informou que 2.934 dos 4.270 sinistros registrados foram tentativas, ou seja, afetaram menos de uma hectare. Dos restantes, doze foram grandes incêndios florestais, dos que afetam mais de 500 ha.
Os dados concluem que 38,76% dos sinistros ocorreram no noroeste; 25,13%, no Mediterrâneo; 35,74%, nas comunidades interiores; e 0,37%, nas Canárias. Além disso, 13,11% do total da superfície arborizada afetada encontrava-se no noroeste; 60,77%, no Mediterrâneo; e 26,12%, nas comunidades interiores.
30% da superfície total afetada
Além disso, 29,69% do total da superfície florestal afetada foi registrada no noroeste; 23,31%, no Mediterrâneo; 46,74%, nas comunidades interiores; e 0,26%, nas Canárias.
Por outro lado, Transição Ecológica explicou que foram queimados 4.641,90 ha de superfície arborizada; 17.533,92 ha de superfície de arbusto e monte aberto e 11.183,87 ha de pastagens e dehesas.