A CNMV multa o ‘broker’ de Florentino Pérez por manipular o mercado com ações da EiDF.
A CMVM impôs uma multa de 40.000 euros a Juan José Llinares, diretor executivo da GPM, por manipular o mercado em parte de sua operação como fornecedor de liquidez sobre ações da EiDF entre os meses de março e maio de 2022.

Nova rodada de sanções da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) em torno de EiDF. O órgão presidido por Rodrigo Buenaventura impôs uma multa de 40.000 euros a Juan José Llinares Santisteban, diretor executivo da Gestão de Patrimônios Mobiliários (GPM), por não cumprir a proibição de manipulação de mercado em parte de sua operação desenvolvida como fornecedor de liquidez sobre as ações da EiDF entre 4 de março e 18 de maio de 2022.
Assim, consta no Boletim Oficial do Estado (BOE), que reflete que as ações sancionadas representam a comissão de uma “infração grave tipificada no artigo 295.13 da Lei do Mercado de Valores, texto refundido aprovado pelo Real Decreto Legislativo 4/2015, de 23 de outubro, em relação aos artigos 12 e 15 do Regulamento (UE) número 596/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014, sobre o abuso de mercado”.
A resolução que impõe a sanção é apenas definitiva em via administrativa, podendo ser revisada judicialmente pelo Tribunal Contencioso-Administrativo da Audiência Nacional.
Sequência de sanções
GPM, que desde o ano passado está nas mãos de Link Securities, foi o fornecedor de liquidez das ações de EiDF no passado e seu antigo diretor executivo, Juan José Llinares, é conhecido por ter sido o corretor dos March e de Florentino Pérez.
A multa a Llinares foi conhecida apenas um dia útil depois de na sexta-feira passada ter sido divulgado que a CNMV havia imposto multas num total de 6,4 milhões de euros a Fernando Romero, ex-presidente e fundador da EiDF, seu irmão Óscar Antonio Romero, bem como a outras duas pessoas físicas, Arkaitz Lozano Hurtado e Enrique Noya Santos, e às sociedades Liquidaciones Vizcaya e Albujón Solar 81 por manipulação de mercado na operação sobre as ações do grupo de renováveis em 2022.
Fernando Romero apresentou um recurso contencioso-administrativo e aguarda que a Audiência Nacional remeta o expediente, por esta sanção imposta pela CNMV. Há um ano, Romero e sua empresa Prosol apresentaram uma reclamação patrimonial ao regulador do mercado de valores pela gestão “irresponsável” da CNMV na suspensão da cotação da EiDF.