A entidade patronal da Inditex e os sindicatos retomarão nas próximas semanas as negociações pelo primeiro convênio têxtil
A associação ARTE convocará os sindicatos nas próximas semanas para retomar as negociações pelo primeiro acordo coletivo estadual do comércio têxtil

Apelo da Associação Retail Textil Espanha (ARTE) pelo primeiro contrato coletivo estatal do comércio no setor. A entidade patronal, que inclui gigantes como Inditex, Mango, Primark ou H&M, convocará os sindicatos nas próximas semanas para retomar essas negociações.
A diretoria da entidade patronal têxtil aprovou por unanimidade a proposta com a qual espera impulsionar a negociação para finalmente alcançar um acordo e assinar o que será o primeiro contrato coletivo estatal do comércio têxtil. ARTE especifica que trabalhou nos pontos-chave que permitirão definir um acordo que garanta o progresso social, a competitividade, a criação de emprego e o desenvolvimento do talento.
Nesse sentido, a entidade patronal de Inditex planeja convocar os sindicatos nas próximas semanas para realizar a próxima reunião da comissão negociadora, explicar a proposta e avançar para um quadro de trabalho que garanta estabilidade e equidade para as mais de 100.000 pessoas, principalmente mulheres, trabalhadoras do setor e todas as empresas que o compõem.
Na opinião de ARTE, esta proposta “demonstra o esforço de negociação e o compromisso” das empresas por melhorar a situação atual, dar segurança e garantir a maior uniformidade possível nas condições trabalhistas do setor, com as particularidades territoriais estabelecidas na lei. Entre os pontos conflituosos da negociação está a proposta de aumento salarial, onde a entidade patronal mantinha a sua de 2%, que estava distante dos 5% reivindicados pelos sindicatos.
ARTE e os sindicatos negociam há mais de um ano e meio este contrato a nível nacional que está dirigido aos grandes grupos ou cadeias comerciais do setor têxtil (incluindo têxtil e calçado, vestuário, outros elementos acessórios e produtos para o lar) que contem com uma superfície de venda física total superior a 3.500 metros quadrados a nível nacional, lojas físicas em, pelo menos, três comunidades autónomas, ou que tenham mais de 400 empregados.
Este é o primeiro contrato a nível nacional para o setor têxtil que alcançaria, no mínimo, a 66 grandes empresas do setor e um total de 110.000 trabalhadores.