A taxa turística coloca os hoteleiros de Santiago em pé de guerra

A União Hoteleira de Compostela (UHC) apresentou um recurso contra a taxa turística, que entra em vigor no próximo dia 1 de outubro

A taxa turística em Santiago de Compostela está a gerar críticas da União Hoteleira de Compostela (UHC). A associação apresentou um recurso contra esta medida que entrará em vigor no próximo 1 de outubro, após ter sido aprovada em plenário no passado mês de julho.

O recurso apresentado pela UHC apoia-se num relatório da Universidade de Santiago, do qual são autores os professores Miguel Ángel Vázquez Taín, presidente do Conselho Geral de Economistas de Espanha, e María Bastida, doutora em Organização de Empresas e docente e investigadora na Universidade de Santiago de Compostela.

O estudo defende que não há défice fiscal derivado do turismo que justifique o novo imposto. Assim, argumenta que o setor já contribui “substancialmente” para o financiamento municipal e que não foram calculados os custos reais dos serviços turísticos. Além disso, afirma que a execução dos fundos atualmente obtidos dessas atividades “é muito baixa”. Ainda nesta linha, outra questão que o estudo levanta é que “não resolve o problema do ‘sobreturismo'” ao taxar quem pernoita e não ao excursionista.

Através de um comunicado, o UHC expressou sua “preocupação” pela iminente implementação da taxa. A associação já manteve esta posição durante todo o trâmite da ordenança e que foi um ponto de conflito com o Concelho, a quem criticaram várias vezes a “falta de diálogo”, o que o governo local negou.

A resposta do Concelho

Em resposta a este recurso, o Concelho de Santiago disse que a redação da ordenança foi realizada com “todas as garantias” e com um “rigoroso acompanhamento de todos os passos pertinentes”. Assim, os serviços jurídicos municipais analisarão o recurso “em detalhe” para responder e defender em tribunal esta ordenança, caso seja necessário.

Essa taxa turística, que variará entre 1 e 2,5 euros por noite, é um acréscimo ao imposto de estadia turística aprovado pela Xunta na Lei de medidas fiscais e administrativas. Desta forma, o trabalho examina a proposta, tramitação e aprovação da ordenança municipal e conclui que o acréscimo “não está justificado legalmente”.

Neste sentido, o consistorial entende que a admissão a trâmite faz parte da normalidade na apresentação de um recurso na instância judicial correspondente. Os serviços jurídicos municipais analisarão seu conteúdo “em detalhe” para também responder e defender em tribunal esta ordenança e o próprio imposto.

O governo local reitera que o procedimento para a elaboração da ordenança foi feito com “todas as garantias” e um “escrupuloso acompanhamento” de todos os passos pertinentes. Além disso, assegura ter atendido as alegações apresentadas durante a tramitação, razão pela qual atrasou a entrada em vigor do acréscimo para o 1 de outubro.

Ademais, sustenta que a implementação do imposto responde a um “clamor social” e que, especificamente, os moradores de Compostela “estão a favor do imposto”. Lembra que a capital da Galiza liderou a aprovação da normativa autonômica, que o Concelho de Santiago negociou com a Xunta durante o 2024.

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