Eurobattery procura mineiros para extrair o volfrâmio de A Gudiña
A mineradora sueca estima que os trabalhos na jazida ourensã gerarão mais de 130 empregos, dos quais apenas 35 serão diretos

A mineradora sueca Eurobattery Minerals prevê que os trabalhos na mina de tungstênio de A Gudiña (Ourense) gerem mais de 130 empregos. Estima que aos 35 trabalhadores que contratará de maneira direta, somem-se mais de 100 empregos indiretos quando a exploração funcione a pleno rendimento.
Num comunicado, a companhia detalhou que para cobrir suas necessidades de mão de obra, a filial galega, Tungsten San Juan, abriu um correio eletrônico de informação para encaminhar as solicitações dos interessados em fazer parte da equipe. “Dada a realidade econômica e demográfica do entorno, com escasso emprego industrial, a empresa espera que a entrada em operação da mina, a segunda exploração de tungstênio ativa na Espanha, traga um impacto social positivo gerando atividade econômica na região”, aponta a empresa.
Início dos trabalhos
Eurobattery começou com os movimentos de terra e instalou um pavilhão de serviços na paróquia de Pentes no arranque para a exploração mineira, que tenta extrair umas 60 000 toneladas de mineral do subsolo galego. Trata-se de uma mina a céu aberto, que não requer explosões. Os primeiros trabalhos, que estão sendo desenvolvidos, focam na melhora de infraestruturas e na retirada de materiais estéreis e mineral por meio de escavadeiras e caminhões.
A companhia sustenta que o jazigo ourensano é estratégico “dentro da cadeia de fornecimento de matérias-primas críticas na Europa”, em “um contexto marcado pela guerra comercial aberta a nível internacional e por uma alta dependência da China, que concentra 80% da produção mundial“. Além disso, destaca que a Galiza se incorpora com este projeto a um número reduzido de territórios com explorações ativas de tungstênio, e “fortalece, assim, a autonomia estratégica da Europa frente à volatilidade dos mercados internacionais e o papel da Espanha como produtora de matérias-primas críticas”.
O projeto é dirigido por Roberto García Martínez, diretor executivo da Eurobattery Minerals; e Agne Ahlenius, diretor geral de Tungsten San Juan.