Choque entre Rueda e Pontón no Parlamento pelo futuro da Deputação de Lugo após o ‘Caso Tomé’
O que vão fazer na Deputação de Lugo no dia 14 quando o senhor Tomé for necessário para que o PP não governe?, perguntou Rueda a Pontón, que lhe repreendeu o caso de Alfonso Villares, ex-conselheiro do Mar, que renunciou por uma denúncia de suposta agressão sexual
Alfonso Rueda e Ana Pontón
Alfonso Rueda e Ana Pontón voltam a se confrontar no Parlamento da Galiza, desta vez por causa do suposto caso de assédio sexual pelo qual o socialista José Tomé formalizou a sua demissão como presidente da Deputação de Lugo.
Embora nesta ocasião o líder do PSdeG, José Ramón Gómez Besteiro, não tenha formulado perguntas ao presidente da Junta, Alfonso Rueda, dado que a vez era do deputado de Democracia Ourensana, Armando Ojea, a porta-voz nacional do BNG, Ana Pontón, iniciou sua intervenção com um discurso em defesa da “tolerância zero” face à violência machista.
“Senhoras e senhores deputados, estamos no último plenário deste ano de 2025 e gostaria de deixar aqui uma mensagem para toda a sociedade, mas muito especialmente para as mulheres: tolerância zero à violência machista, venha de onde vier e afete quem afetar”, argumentou a dirigente nacionalista.
Troca de críticas entre Rueda e Pontón
Em frente, Rueda havia ironizado anteriormente que a Besteiro não vinha “mal” o “descanso” da sessão de controle para poder “se dedicar a resolver outras coisas” e depois contra-atacou Pontón. “Ela se posiciona firme contra o machismo e a corrupção. Então vamos falar sobre isso. O que vão fazer na Deputação de Lugo dia 14 quando o senhor Tomé for necessário para que o PP não governe?”, apontou Rueda.
“O que vão fazer, senhora Pontón?”, insistiu, referindo-se à data da eleição do substituto de Tomé na instituição provincial, dado que ele formalizou sua renúncia (que será efetiva no dia 30) a este cargo, embora retenha a ata e a Prefeitura de Monforte.
Nesse sentido, Rueda também ironizou que Pontón proclame “tolerância zero contra o machismo” enquanto “no dia 25N vão rodear a sede de um partido e assediar as mulheres que estavam ali trabalhando” (em referência ao protesto da CIG diante da sede do PP de Santiago). “E você é incapaz de condenar isso”, reprovou, antes de insistir que a dirigente nacionalista prefere passar “vergonha” a ser “repreendida por seus chefes” (em alusão velada à UPG).
Paralelamente, o presidente da Junta criticou a dirigente nacionalista por não ter “a mínima coragem política” para “condenar os insultos machistas” da campanha do mesmo sindicato contra a conselheira de Política Social, Fabiola García. Pontón replicou criticando a denúncia por suposta agressão sexual contra o ex-conselheiro Alfonso Villares (que renunciou em junho, após ser notificado de que estava sendo investigado, mas comunicou a Rueda quatro meses antes a existência de uma denúncia contra ele).