O BNG considera “insuficientes” as medidas de Sánchez e pede a “ruptura” de relações com Israel

A porta-voz nacional do BNG, Ana Pontón, condena a "repressão" ante os protestos na Volta Ciclista à Espanha e pede para romper as relações diplomáticas e económicas com Israel.

O BNG pede a Pedro Sánchez que dê um passo mais nas suas medidas contra Israel. A porta-voz nacional do Bloco, Ana Pontón, exigiu esta terça-feira a “ruptura total” das relações entre Espanha e Israel e expressou seu apoio às mobilizações que estão sendo realizadas por ocasião da Volta Ciclista a Espanha e a participação da equipe Israel Cycling Team.

“Todo o apoio a um povo que está expressando sua indignação diante da passividade com que a comunidade internacional atua perante o genocídio de Gaza“, manifestou sobre o que ela qualificou como um “extermínio planejado” que “só conta com a indiferença da União Europeia e dos países que se consideram democráticos” mas que “olham para outro lado enquanto milhares de palestinos são assassinados pelo Estado terrorista de Israel”.

Nesse sentido, Pontón criticou e condenou a “repressão” na Volta, onde, segundo denunciou, “está-se tentando silenciar esses protestos que eram manifestações pacíficas e democráticas” e uma clara demonstração “de apoio ao povo palestino”, o que ela considerou “uma demonstração de dignidade diante da desumanidade do crime que está ocorrendo na Palestina”.

“Acredito que essa dureza, o Governo do Estado deveria deixá-la para romper de uma vez por todas as relações, diplomáticas e econômicas com Israel”, reclamou após advertir que as medidas anunciadas nesta segunda-feira “têm por trás toda essa pressão social e essa dignidade que está sendo demonstrada”.

“Toda a solidariedade com quem defende os direitos humanos e reclamar de uma vez por todas que os governos atuem na mesma medida da gravidade dos fatos que estamos vendo”, afirmou Pontón, que vê “insuficientes” as medidas anunciadas pelo presidente do Governo, Pedro Sánchez.

“Não basta com o Real Decreto de embargo de armas”

Na mesma linha, o deputado nacionalista no Congresso, Néstor Rego, enquadrava a comparecência de Pedro Sánchez dentro da “crescente pressão social” ante o genocídio, mas advertiu que é “imprescindível” dar um passo decidido e coerente para pôr fim “a qualquer tipo de cumplicidade com a política de agressão e extermínio” realizada por Israel.

“Está bem que se faça agora o que levamos dois anos reclamando, mas não basta com o Real Decreto de embargo de armas. É hora de passar das palavras aos fatos”, apontou o deputado do BNG, que instou o Governo a romper “todo tipo de relações” com Israel. Para o BNG não chega proibir o trânsito de navios e aviões com material bélico, mas é “urgente” retirar a embaixada espanhola em Tel Aviv; impor sanções políticas, diplomáticas e econômicas ao Estado de Israel; e expulsar a embaixadora israelense da Espanha, “como única via para demonstrar uma verdadeira aposta pelo fim do genocídio e pelo respeito ao direito internacional”.

Da mesma forma, os nacionalistas galegos também reclamam que o Governo colabore em todos os mecanismos internacionais, especialmente com a Corte Penal, para que os responsáveis pelo genocídio sejam julgados por crimes de guerra e crimes de lesa humanidade, de maneira que não haja impunidade “ante tão graves violações dos direitos humanos”.

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