Pontón inaugura em Buenos Aires um busto de Castelao: “Devemos seguir o seu exemplo e continuar despertando consciências”
A porta-voz nacional do BNG participou na homenagem organizada pela Federação de Associações Galegas na Argentina, na qual reconheceu todas as pessoas da diáspora "pela sua contribuição à construção do país"
A líder do BNG, Ana Pontón, em Buenos Aires
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Ana Pontón, porta-voz nacional do BNG, concluiu sua viagem institucional pela Argentina com uma homenagem a Castelao em Buenos Aires organizada pela Federação de Associações Galegas na Argentina à qual a líder nacionalista definiu como “o primeiro presidente da Galiza no exílio”.
Em concreto, foi um ato no qual se inaugurou um busto do intelectual de Rianxo e que coincidiu com o 81º aniversário da constituição do Conselho da Galiza em 15 de novembro de 1944 em Montevideo, “governo galego no exílio”, segundo indicou o BNG em um comunicado de imprensa.
“Devemos seguir o exemplo de Castelao e continuar despertando consciências, porque não podemos permanecer em silêncio enquanto se tenta criminalizar as pessoas por terem de emigrar de seu país, e vocês sabem bem, vocês sabem bem o quão difícil é emigrar”.
Reconhecimento aos emigrantes
Pontón aproveitou o ato para fazer um reconhecimento a todas as pessoas que integram a diáspora “pela sua contribuição na construção do País ao longo de décadas”. Desde a geração de Castelao, “que manteve viva a reivindicação democrática do direito dos povos de poder decidir seu futuro”, até as novas gerações na diáspora “por manterem o vínculo com sua terra de origem”.
“Vemos como gente que foge das guerras, da miséria ou das ditaduras em vez de ser acolhida de braços abertos é apontada para tentar encobrir as irresponsabilidades de um sistema que deixa muitas pessoas para trás, e por isso também temos de defender a dignidade de todas as pessoas, defender valores que nos permitam avançar porque nada se constrói sobre o ódio, o insulto é sobre a degradação pessoal”, destacou Pontón.
A líder do Bloco também alertou sobre o avanço da extrema direita, “um avanço da ideologia ultra que busca degradar a política, para desacreditar o único instrumento que as pessoas comuns têm para mudar as coisas diante dos privilégios”.
Com tudo, e coincidindo com o Ano de Castelao, Pontón criticou quem pretende “descafeinar” seu legado político porque, como denunciou, “aos que interessam que nada mude, o exemplo de vida e de coragem do nacionalista continua sendo um perigo”.
