A CIG desmarca-se da CSIF, CC OO e UGT e mantém a greve de três dias na Atenção Primária
A CIG mantém as paralisações previstas para esta quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira enquanto o resto dos sindicatos com representação na Mesa Setorial (CSIF, CCOO e UGT) decidiram desconvocar a greve
O conselleiro de Saúde, Antonio Gómez Caamaño, durante uma coletiva de imprensa perante os meios de comunicação / Europa Press
Comentarios
Divisão sindical por conta da greve na Atenção Primária. CIG decidiu manter a paralisação prevista para esta quarta-feira 26, quinta-feira 27 e sexta-feira 28 de novembro, após não alcançar acordo na reunião realizada esta segunda-feira com a Consellería de Sanidade.
A central nacionalista distingue-se dos restantes sindicatos com representação na Mesa Sectorial (CSIF, CCOO e UGT), que decidiram desconvocar a greve. O CIG considera que a última proposta transmitida pela Consellería “não cumpre os objetivos que motivaram a convocação desta medida”.
Os motivos da discórdia
Nesse sentido, veem “insuficiente” a proposta de retirar a categoria de Facultativo Especialista em Atenção Primária (FEAP) no final de 2029 quando, lembram, a lei de medidas de 2022 previa que a duração desta categoria – que visa converter as vagas de médico de família e que obriga a duas guardas remuneradas ao mês – seria de cinco anos.
Sobre este ponto, salientam adicionalmente que não se especifica o que ocorreria se a voluntariedade não funcionar. Quanto às condições remunerativas dos PAC, indicam que o departamento autonómico retira uma proposta feita nos dias anteriores para melhorar a remuneração da jornada complementar incentivada de 160 para 140 horas. “Esta oferta desaparece da ata de acordo”, destacam.
O CIG insiste ainda que não podem aceitar que, no contexto atual, não se fale de um “verdadeiro” Plano de Ordenação dos Recursos Humanos que permita criar “uma mínima expectativa no desempenho profissional em Primária”.
Após a desconvocação do CSIF, Comissões Operárias e UGT, é agora a vez dos sindicatos médicos O’Mega e Simega de se pronunciarem. Ambos manterão esta terça-feira reuniões com a Consellería para discutir uma possível desconvocação da greve.
