Aagesen defende o desdobramento “sem precedentes” de recursos do Governo para enfrentar os incêndios.
A vice-presidente terceira e ministra para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico, Sara Aagesen, pede que se faça uma análise com rigor técnico sobre as causas que provocaram essa virulência dos diversos incêndios.

A vice-presidente terceira e ministra para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico, Sara Aagesen, defendeu o desdobramento de meios “sem precedentes” por parte do Governo para enfrentar a onda de incêndios que devastaram territórios da Galiza, Castela e Leão e Extremadura com um impacto severo sobre o meio ambiente, a biodiversidade e o ecossistema.
“Desdobramos desde a administração central um número sem precedentes”, apontou esta quarta-feira em sua comparecência no Senado para informar sobre as medidas adotadas pelo seu Ministério.
Quanto aos meios desdobrados pelo Ministério nos incêndios, Aagesen assegurou que “estiveram disponíveis desde o 1 de junho para a extinção”. “56 meios aéreos, as onze brigadas aerotransportadas, que são 600 bombeiros florestais, também quatro equipes de prevenção integral e sete unidades móveis de análise e planejamento”, detalhou.
Além disso, durante a emergência, o Ministério somou meios “completamente extraordinários e excepcionais”, como 40 bombeiros florestais de parques nacionais, auto-bombas e pick-ups.
O Ministério atuou em catorze comunidades autônomas desde o início da campanha de incêndios e trabalhado em 29 províncias e a ministra enfatizou que os meios do seu Departamento “chegaram a estar designados em apenas um dia para mais de 20 incêndios e dez províncias”.
“Continuamos trabalhando com nossas brigadas de reforço, com todos os meios aéreos, as 56 aeronaves disponíveis, e nosso trabalho continuou sendo o mesmo, sempre atuar de maneira ágil e em coordenação com os centros das comunidades autônomas”, afirmou.
Além disso, mencionou o papel “fundamental” da Agência Estatal de Meteorologia (AEMET) na luta contra os incêndios florestais: “Identificar os dados meteorológicos, os prognósticos de temperatura, de vento e de umidade são cruciais para prever o risco, para saber a periculosidade, para melhorar a coordenação na extinção”.
Análise com “rigor técnico”
A vice-presidente optou por realizar uma “reflexão muito clara para analisar com rigor técnico quais são as causas que provocaram essa virulência dos diferentes incêndios e quais são as consequências dos incêndios que devastaram o país”.
“Ainda estamos numa situação complicada, numa situação preocupante, temos treze incêndios florestais em situação 2. Portanto, ainda há muito trabalho a fazer”. Para a ministra, realizar essa análise “é a única forma de sermos capazes de implementar políticas públicas”. “Políticas públicas que nos protejam, que nos permitam antecipar, que nos permitam adaptar”, enfatizou.
Embora as temperaturas tenham diminuído e a situação de umidade durante a última noite tenha facilitado a extinção dos incêndios, um aspecto que, segundo ela, é “extraordinariamente positivo”, Aagesen advertiu que a situação é “ainda complicada”.
Neste contexto, reivindicou a importância de “dar um passo firme, continuar avançando e que a política climática se transforme em política de Estado”.
“Que todos os meios disponíveis estejam hoje para apoiar essa emergência, mas sobretudo, também, propor um Pacto de Estado para proteger, para antecipar e para nos prepararmos melhor. Dar resposta ao imediato mas também responder ao que está por vir”, defendeu.
A titular de Transição Ecológica destacou que “a ciência, a observação e a previsão meteorológica são um pilar fundamental” de proteção frente à emergência climática e para “estar melhor preparados ante os desastres”.