O Governo declara áreas catastróficas em todas as comunidades, exceto no País Basco.
O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, afirma que "embora o episódio de emergência não tenha terminado, é evidente que estamos diante de uma das maiores catástrofes ambientais dos últimos anos".

O Governo concordou, na reunião do Conselho de Ministros desta terça-feira, 26 de agosto, em declarar “zonas afetadas por emergência” os territórios correspondentes a 16 comunidades autônomas, com a única exceção do País Basco. São territórios que sofreram as consequências dos 113 incêndios e das cinco danas ocorridas entre 23 de junho e 25 de agosto.
“Embora o episódio de emergência não tenha concluído, é evidente que estamos diante de uma das maiores catástrofes ambientais dos últimos anos e que os danos pessoais em infraestruturas e em bens públicos e privados, sem dúvida alguma, são elevados”, explicou em coletiva de imprensa o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, após a reunião do Conselho de Ministros.
Marlaska destacou a importância de abrir o mecanismo de ajuda para os afetados “quanto antes para que possam recuperar certa normalidade”, mas insistiu aludindo aos incêndios que a “emergência ainda não foi considerada encerrada“. “Essas instituições terão em todo momento ao seu lado o seu Governo e terão todas as ajudas necessárias para conseguir a maior recuperação possível das zonas afetadas pela catástrofe”, garantiu o ministro.
A declaração de emergência afeta os territórios impactados pelas três ondas de incêndios registradas neste verão, a primeira no final de junho, a segunda em 7 de julho e a terceira, que começou em 8 de agosto e na qual ainda permanecem ativos vários focos. Marlaska lembrou que a última coincidiu com a “onda de calor mais intensa desde que há registros com uma temperatura média superior a 4,6 graus ao que é habitual nesta época do ano e sendo a mais longa deste período”.
O ministro revisou os meios e recursos mobilizados pelo Governo para enfrentar a última onda de incêndios e garantiu que “as instituições terão em todo momento ao seu lado o Governo e terão todas as ajudas necessárias para a maior recuperação possível das zonas afetadas pela catástrofe”.
Além disso, transmitiu às famílias das pessoas falecidas suas condolências e o reconhecimento “aos milhares de homens e mulheres que estão trabalhando numa situação que, dada a duração desta emergência, chegaram ao esgotamento, à exaustão mas que continuam lá até o final”, em alusão a equipes de bombeiros florestais, UME, agentes ambientais, Proteção Civil, policiais locais, Exército, Guarda Civil, Polícia Nacional e voluntários, entre outros.