O Governo diz que a UME e o Exército estarão na Galiza “todo o tempo que for necessário”.
A ministra da Defesa, Margarita Robles, indica que a Xunta "pode contar" tanto com a UME quanto com o Exército de Terra até que a "normalidade" retorne à Galícia, que "merece tanto e sofreu muito".

Margarida Robles, ministra da Defesa, garantiu que tanto a Unidade Militar de Emergências (UME) quanto o Exército de Terra continuarão desdobrados no território galego pelo tempo “que for necessário” para continuar com os trabalhos contra os incêndios que afetam principalmente a província de Ourense.
Assim foi detalhado este sábado aos meios de comunicação depois de visitar a base General Morillo, no município de Vilaboa, em Pontevedra, para conhecer o desdobramento da Brilat na operação ‘Centinela Gallego’, que tem como missão a vigilância e dissuasão.
“Tanto esta operação como a presença da UME estarão na Galícia pelo tempo que for necessário até que, não só quando os incêndios tenham sido extintos, mas também, de alguma forma, possamos respirar um pouco mais tranquilos”, garantiu Robles, num ato em que esteve acompanhada pela conselleira do Meio Rural, María José Gómez, e pelo delegado do Governo na Galícia, Pedro Blanco.
Nesse sentido, Robles dirigiu-se à conselleira e assegurou que a Xunta “pode contar” tanto com a UME quanto com o Exército de Terra até que a “normalidade” retorne à Galícia, que “merece tanto e sofreu muito”
“Às vezes é muito fácil falar dos escritórios, dar opiniões, mas eles, nossos militares, nossa UME, nossos exércitos são os que arriscam a vida e se não houve maiores desgraças em incêndios que não têm precedente em 20 anos foi graças ao trabalho do exército”, afirmou.
A operação ‘Centinela Gallego’, que pela onda de incêndios aumentou as patrulhas desdobradas, se realiza todo ano entre 15 de agosto e 30 de setembro, mas desta vez continuará no terreno pelo tempo “que for necessário”.
“A disponibilidade da Brilat e da infantaria de marinha é absoluta e por parte da UME é o mesmo. O tempo que for necessário em trabalhos de prevenção, em trabalhos de dissuasão para evitar que algum incêndio possa de alguma maneira voltar a reativar-se”, detalhou.
Coordenação entre administrações
A seguir, Robles voltou a enfatizar a importância da coordenação entre Administrações já que trabalhando juntas “são mais fortes”. “Neste momento os cidadãos pedem muita unidade”, disse a ministra.
Além disso, enviou uma mensagem aos cidadãos que “devem saber e ser muito conscientes” de que a UME, o Exército de Terra, a Infanteria de Marina e o Exército do Ar, estiveram “comprometidos desde o primeiro dia” para lutar contra os incêndios.
“Pagaram um preço importante porque também temos soldados que sofreram queimaduras significativas”, apontou a ministra, ao mesmo tempo em que insistiu em que “somente” os profissionais preparados podem combater o fogo.