O Governo envia mais 200 militares para combater incêndios na Galícia.
O Executivo também fornecerá maquinaria pesada, com profissionais e grupos geradores, para reforçar os trabalhos no terreno e facilitar o trabalho das equipes de extinção.

O Governo reforçará o dispositivo contra os incêndios na Galícia com a incorporação de outros 200 militares, que se somarão aos efetivos desdobrados nas áreas afetadas. Responde assim ao pedido realizado pelo próprio presidente da Junta, Alfonso Rueda, quem solicitou não menos de 200 “soldados” para reforçar as tarefas de extinção perante a onda de incêndios que devora a Galícia, principalmente a província de Ourense. Os incêndios consumiram mais de 63.000 hectares e cerca de 10% da província de Ourense.
Conforme comunicou o delegado do Governo, Pedro Blanco, os duzentos militares se somam aos meios da UME, o Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico (Miteco), Proteção Civil e Forças e Corpos de Segurança do Estado que já estão colaborando nas tarefas de extinção.
Blanco assegurou que também está chegando maquinaria pesada, com profissionais e grupos geradores para reforçar os trabalhos sobre o terreno. Esses recursos permitirão abrir acessos nas áreas mais afetadas, facilitar o trabalho das equipes de extinção e garantir o fornecimento elétrico nos núcleos que precisam.
Para o delegado do Governo, a mobilização desses novos recursos supõe responder “imediatamente” ao pedido formulado pela Junta da Galícia de mais efetivos.
Todos os recursos mobilizados
O ministro para a Transformação Digital e da Função Pública, Óscar López, que teve nesta segunda-feira uma comparecência para explicar os resultados do plano do Governo contra as fraudes telefônicas e por SMS, assegurou “todos os recursos do Estado estão mobilizados” para lutar contra os incêndios e estão à disposição das comunidades autônomas. “Tudo é tudo”, insistiu López, quem assegurou que a Unidade Central de Emergências está mobilizada desde o início de agosto.
O ministro acredita que foram atendidos os pedidos de todas as comunidades autônomas, recriminando aos barões do PP que “com uma mão estão agradecendo a colaboração do Governo e com a outra tentam fazer oposição”. “Creio que o que se deve fazer é colaborar. E as comunidades autônomas são Estado. E os presidentes autonômicos não são comentaristas nem tertulianos, são presidentes que têm obrigações e competências. E toda a Espanha sabe que as comunidades autônomas têm competências na prevenção e na extinção”, acrescentou López.
Declarações “irresponsáveis” de Feijóo
O ministro insistiu no Pacto de Estado que exige o presidente do Governo, Pedro Sánchez, ao mesmo tempo que destacou como “importante” que Feijóo “pare de fazer declarações irresponsáveis às quais já nos tem acostumados”. “Agora mesmo, prioridade à extinção dos incêndios, salvar vidas dos servidores públicos e do resto dos cidadãos, salvar nosso ecossistema e apagar os incêndios”, concluiu.