Economia Digital Galiza lança sua versão em português em um projeto de alcance global
Economia Digital Galiza, edição do Grupo ED, adiciona o português às versões em galego e castelhano, dentro de um plano que visa abranger não só os leitores da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, mas também grande parte da lusofonia

A mesma permeabilidade no movimento de pessoas, serviços e capitais que existe na raia, a fronteira sul da Galiza com Portugal, é a que apresenta a nova iniciativa da Economia Digital Galiza do Grupo ED. Com efeito, Economia Digital lança a sua versão integral em português, num projeto de alcance global. Numa iniciativa sem precedentes recentes, Economia Digital Galiza adiciona o português às versões em galego e castelhano atualmente disponíveis, dentro de um plano que aspira a abranger não só os leitores da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, mas de toda a lusofonia, o conjunto de países que têm o português como língua oficial.
A versão já está disponível na home da Economia Digital Galiza, no menu principal, destacado, e no endereço https://www.economiadigital.es/portugal/
A versão em português da edição galega da Economia Digital aspira a tornar-se uma plataforma para reforçar os vínculos, desta vez na rede, entre duas comunidades (Galiza e Região Norte de Portugal) unidas por algo mais que a própria eurorregião. A implementação de empresas galegas no norte de Portugal e a criação de projetos lusos em território galego é uma dinâmica constante nos últimos anos. A esta realidade também responde a iniciativa de Economia Digital Galiza.
As relações económicas
Tradicionalmente, Portugal é um dos principais destinos da exportação galega, e também do investimento da Galiza no exterior. Por sua vez, a Galiza é destacada destinatária das vendas das empresas lusas ao exterior, assim como receptora de investimentos. A isso se adiciona a rede de fornecedores instalados no norte de Portugal que prestam serviços a grandes grupos galegos, em setores como o têxtil, a automoção, a construção naval ou a indústria auxiliar eólica.
A versão integral de Economia Digital Galiza em português é um projeto dinâmico, que irá mais além, crescendo, de forma progressiva. Assim, a informação das empresas e entidades espanholas instaladas em território luso que costuma abordar no dia a dia o Grupo ED enriquecerá esta aposta editorial, de seguro interesse para o leitor português.
Um projeto em crescimento
Economia Digital Galiza, meio informativo de referência para leitores que buscam informação diferenciada de empresas e protagonistas da economia, introduzirá também indicadores, cotações e dados em tempo real dos principais mercados portugueses na nova versão, e também crescerá com colaboradores de um e outro lado da raia. Portanto, o projeto é algo mais que uma simples versão em português dos temas que aborda Economia Digital Galiza.
O projeto da ED nasce num momento singular para as relações entre ambas as comunidades e num contexto em que a Galiza detém a presidência da eurorregião Galiza-Norte de Portugal. A isso se junta a criação do Observatório da Lusofonia, nascido no âmbito da conhecida como Lei Paz Andrade.
A importância do português
De acordo com dados da própria Xunta, o ensino do português cresce na Galiza e incrementou-se notavelmente o número de alunos no ESO e no Bacharelato, com 6.000 matriculados no curso 2025-2026 distribuídos em 100 centros educativos, que também crescem (31 mais).
Ademais, o novo Plano Xeral de Normalização da Lingua Galega conta com uma comissão específica para este cometido: promover o conhecimento do português, algo que não ocorria no plano anterior, aprovado em 2004.
Alcance internacional e presença global
Para appreciar a importância do espanhol e do português no mundo, nada melhor que observar a classificação atendendo à língua oficial segundo o número de países que a empregam. O espanhol, com vinte países, está em quarto lugar, atrás do inglês, do francês e do árabe. O português encontra-se na quinta posição, com dez países.
Se ao domínio nativo se adicionam os falantes de competência limitada, ou seja, segundas e terceiras línguas, e aos estudantes, essa classificação varia, mas igualmente o português e o espanhol voltam a destacar-se. Assim, o espanhol situa-se na quarta posição, com 559 milhões de falantes, e o português, a oitava, com 263 milhões.