A associação patronal da Inditex e da H&M propõe um ‘salário mínimo’ de 18.800 euros para o pessoal das lojas

A Associação Retail Têxtil Espanha (ARTE), impulsionada pelas grandes multinacionais da moda, propõe aumentos salariais de 3% ao ano durante três anos para tentar desbloquear seu primeiro acordo

De esquerda a direita, Toni Ruiz, CEO da Mango; Marta Ortega, presidenta da Inditex; e Daniel Ervér, CEO da H&M

A Associação Retail Textil Espanha (ARTE), a entidade patronal promovida por grandes multinacionais como Inditex, Primark, H&M ou Mango, lança uma nova proposta para tentar desbloquear o primeiro acordo coletivo, que começou a ser negociado há dois anos. A organização propõe aumentos salariais e redução da jornada de trabalho no que considera um “avanço sem precedentes” para o setor caso seja validado pela parte social. O acordo, uma vez aprovado, afetará cerca de 100.000 trabalhadores e será o primeiro das grandes cadeias na Espanha.

A entidade patronal estabelece diferentes categorias profissionais em função das responsabilidades, com retribuições que vão desde os 17.800 euros até os 24.344 euros. O aumento salarial seria de 3% anual durante o período de vigência do pacto, que seria assinado por três anos. O escalão salarial mínimo para as vendedoras das lojas, que é o coletivo mais numeroso, subiria para 18.800 euros, um 13% superior ao SMI de 2025.

Mínimo de 24 horas semanais

A proposta da ARTE estabelece contratações mínimas de 24 horas semanais para os trabalhadores a tempo parcial e de seis meses para os fixos descontínuos. Conforme indicado em comunicado, também inclui medidas de conciliação da vida laboral e familiar com melhorias no regime de descansos. Como regra geral, ocorrerão dois dias por semana, dos quais, além disso, pelo menos 10 fins de semana por ano coincidirão com sábado e domingo, apesar da abertura dos estabelecimentos durante os fins de semana.

Adicionalmente, seria incorporada uma compensação pelo trabalho em domingos e feriados que, ao finalizar o acordo, seria de 55 e 80 euros, respectivamente, e que atualmente, segundo a entidade patronal, é “inexistente” em muitos dos acordos provinciais aplicáveis.

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