Altri ganha sete vezes menos enquanto espera pelo ‘ok’ para sua planta em Palas de Rei.

A companhia portuguesa ganhou 6,4 milhões de euros no segundo trimestre do ano, o que representa uma queda de 84,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Altri aplica o travão. A companhia portuguesa divulgou os resultados do segundo trimestre do seu exercício fiscal de 2025. Os dados mostram que seus rendimentos entre abril e junho foram de 169,3 milhões de euros, o que representa uma queda de 29,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Esta evolução é explicada por um nível menor de preços médios da celulose e volumes de vendas, como resultado de condições menos favoráveis no mercado global”, explica a empresa, que viu seu lucro líquido desabar 84,1%, ficando em 6,4 milhões de euros.

No acumulado do ano, Altri registra lucros de 14 milhões de euros, bem abaixo dos 62 milhões alcançados na primeira metade de 2024. “A mudança na política comercial dos Estados Unidos levou a um ambiente macroeconômico menos favorável, com impacto na demanda global de celulose”, detalha a empresa.

Por sua vez, o ebitda (lucro bruto operacional) caiu para quase metade, passando de 124 para 57,6 milhões de euros na primeira metade deste ano. “A diminuição do ebitda […] deve-se a condições de mercado menos favoráveis impactando os preços e volumes vendidos, amplificados pela evolução muito desfavorável do dólar americano”, especifica a companhia liderada por José Soares de Pina.

Em meio a este estagnação de seu balanço de resultados, Altri sofreu um aumento na sua dívida líquida, que passou de 213,6 milhões de euros no final de 2024 para os atuais 317,5 milhões de euros, multiplicando por 2,1 vezes o seu ebitda.

O roteiro de Altri

Altri encerra assim o primeiro semestre no qual continua com o “processo de avaliação ambiental e obtenção de licença” para sua planta de fibras têxteis em Palas de Rei. “Na primeira metade do ano, Altri superou alguns desafios operacionais, alcançando níveis de eficiência muito altos. A produção de fibra manteve-se elevada, apesar das paradas programadas de duas de suas unidades industriais, permitindo à empresa gerir ativamente os estoques de acordo com as realidades do mercado”, reivindica Soares de Pina.

“Em termos estratégicos, demos passos muito importantes em direção ao cumprimento do nosso plano estratégico de diversificação e criação de valor com a aquisição da maioria do capital de AeoniQ, uma empresa com tecnologia e propriedade intelectual únicas em filamentos têxteis, cujas características permitem que seja um substituto de filamentos de origem fóssil como o nylon e o poliéster”, enfatiza. “Esta aquisição reforça o desenvolvimento de projetos no âmbito dos têxteis sustentáveis, com alto valor agregado e baixo impacto ambiental”, acrescenta o CEO da Altri, que também valoriza a aquisição de Greenalia Forest e Greenalia Logistics para avançar em seus planos de “crescimento e diversificação”.

“Como parte desta mesma estratégia, está o projeto de migração total de fibras para papel (BHKP) para fibras para dissolução (DP) em nossa planta de Vila Velha de Ródão, Biotek, bem como o projeto para a recuperação e valorização do ácido acético e furfural a partir de fontes renováveis em Caima”, aponta Soares de Pina, que também destaca a inclusão da empresa no ranking das “500 empresas mais sustentáveis do mundo”.

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