Amancio Ortega e Telefónica reduzem receitas e lucros em seu negócio de cabo submarino.

Telxius, participada pela Pontegadea e Telefónica, reduz em 14% seus lucros, para 111 milhões, afetada pela guerra de preços.

A aliança de Amancio Ortega e Telefónica em infraestruturas de telecomunicações encerra um ano em baixa. Telxius Telecom, com uma participação de 30% por Pontegadea, terminou 2024 com uma redução nos lucros e na receita, principalmente devido a uma diminuição das margens. Segundo explica a empresa em seu relatório de gestão, o último ano apresentou um alto nível de competição de preços, especialmente na América Latina.

Telxius possui como principal ativo as redes de cabo submarino, após vender por mais de 7.500 milhões o seu negócio de torres de telecomunicações. Também conta com cabo terrestre e centros de dados. No total, essas áreas de atividade alcançaram uma receita de 390,52 milhões de euros, um decréscimo de 4,21% em relação aos 409,79 milhões de euros arrecadados em 2023.

Com menos receitas e menos margem, os lucros também sofreram, ficando em 61,8 milhões, uma queda de 14%. A margem de vendas foi de 47,9%, quando em 2023 era de 51,4%.

Queda de margens

O resultado líquido operacional (EBIT) da empresa foi de 111,15 milhões de euros, o que representa quase 19% menos que os 136,84 milhões de euros do ano anterior, fazendo com que a margem de EBIT sobre as vendas encerre o ano em 28,46%, quase cinco pontos percentuais abaixo dos 33,39% do exercício anterior.

Além disso, o resultado bruto de exploração (EBITDA) da Telxius atingiu 187,02 milhões de euros, 11,17% menos que os 210,54 milhões de euros de 2023, com uma margem de EBITDA sobre a faturação de 47,89%, quase 3,5 pontos percentuais abaixo dos 51,37% de 2023.

Distribuição de dividendos

Após a saída da KKR do quadro societário, uma vez naufragada a tentativa de venda da divisão de cabo submarino, Pontegadea, que tem Roberto Cibeira no conselho, e Telefónica decidiram continuar a ampliar Telxius à espera de uma melhor oportunidade de desinvestimento. No ano passado foi acordado a distribuição de um dividendo de 3,3 milhões de euros.

A dívida líquida da companhia era de 493,92 milhões de euros ao final do último exercício, um decréscimo de 10,1% em relação aos 549,44 milhões de euros com que concluiu 2023, e assim o rácio de alavancagem sobre o EBITDA ao término de 2024 se situou num múltiplo de 2,64 vezes (2,61 vezes em 2023).

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