Duas construtoras galegas ganham o primeiro grande contrato da empresa de habitação da Xunta
A aliança entre XAC e Orega impõe-se a grandes grupos como San José ou Acciona no concurso para construir 56 moradias de proteção pública em Pontevedra por nove milhões
Miguel Anxo Fernández Lores, presidente da câmara de Pontevedra; Alfonso Rueda, presidente da Xunta; e Maria Martínez Allegue, conselleira de Habitação, durante uma visita a Valdecorvos (Pontevedra) / Concelho de Pontevedra
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A empresa de habitação pública criada pela Xunta, Vipugal, estreia-se na atribuição de grandes contratos para aumentar o parque residencial público. E o prêmio recai sobre duas empresas galegas, que obtiveram a melhor pontuação em um processo de contratação no qual participaram alguns dos grandes do setor, como San José ou Acciona.
Em uma resolução da última terça-feira, a mesa de contratação organizada por Vipugal, dependente da Consellería de Vivenda, propôs adjudicar a construção de 56 habitações de promoção pública (VPP) em Valdecorvos (Pontevedra) à UTE formada pela pontevedresa XAC (Xestión Ambiental de Contratas) e a ourensana Orega por 8,8 milhões. A aliança obteve 94,43 pontos no concurso, superando os 89,8 de Oreco Balgón e os 89,3 de San José, que ocuparam a segunda e terceira posição. Acciona, o licitante de maior tamanho, ficou em último com apenas 45,8 pontos.
Vipugal vai a sério
Esta é a primeira adjudicação de um grande contrato por parte da sociedade pública de habitação, criada pela equipe de Alfonso Rueda para impulsionar a expansão do parque residencial público ante o aumento dos preços do aluguel. Vipugal herdou o trabalho que vinha sendo realizado pelo Instituto Galego de Vivenda e Solo e os ativos de solo residencial que estavam agrupados em Xestur, dependente da Consellería de Economía.
Os Orçamentos revelaram as grandes cifras que a Xunta maneja para Vipugal com o objetivo de habilitar 2.350 habitações entre 2026 e 2028 com um investimento de 465 milhões entre obras, projetos técnicos e trâmites. Há quatro projetos que consumirão metade dos fundos previstos. O mais relevante é o desenvolvimento de San Paio de Navia, o mais volumoso em termos de habitação protegida em Galiza. Vipugal prevê destinar 100 milhões até 2028 ao bairro de Vigo. Outra atuação importante é a de Garabolos, em Lugo, à qual consigna 60 milhões. Para O Bertón, em Ferrol, calcula-se um investimento de 57 milhões; enquanto em Ames, município limítrofe com Santiago, serão necessários 43 milhões.
Outro grande contrato em andamento
Em conjunto, estes quatro projetos consumirão 259 milhões, mais da metade do investimento previsto pela Xunta na construção das 2.350 habitações. Outras partidas importantes são as que irão para Xuxán, em A Corunha, com 25 milhões; ou para Valdecorvos, em Pontevedra, com 31 milhões. Precisamente, esta urbanização foi a protagonista do primeiro grande contrato licitado por Vipugal e que acaba de ser adjudicado de maneira provisória a XAC e Orega. Também em Valdecorvos, a empresa pública tem em andamento a licitação para construir outras 48 habitações por 7,6 milhões.
