Começa a greve na Ence contra as 39 saídas em Pontevedra.

Um grupo de trabalhadores apoiou o primeiro dos 12 dias de greve convocados pelo comitê de empresa contra o procedimento de demissão coletiva iniciado pela companhia em Pontevedra e Navia

Inicia a primeira das 12 jornadas de greve em Ence. O pessoal da cotizada espanhola participa nestas paralisações que foram convocadas pelo comité de empresa devido à intenção da companhia de iniciar um procedimento de despedimento coletivo no centro de trabalho de Lourizán.

Em declarações à agência Europa Press, o presidente do comité de empresa, Santiago Cerqueiro, afirmou que “a equipa inteira” participou da greve neste sábado, numa jornada que transcorreu “de forma tranquila”. Segundo explicou, neste momento estão à espera que a empresa os convoque para se sentar a negociar para que “retirem o ERE de cima da mesa”.

Por outro lado, num comunicado enviado aos meios de comunicação, a federação de Indústria da CIG, que também indicou que “a equipa inteira” participou da greve, exigiu a intervenção da Xunta na busca de alternativas que garantam a manutenção de todos os empregos. Além disso, reiterou a necessidade de “fechar o ciclo produtivo para acabar com o caráter especulativo da atividade papeleira”.

O sindicato nacionalista exigiu a participação da Consellería de Industria e da própria Presidência da Xunta na tomada de decisões – juntamente com a empresa e a representação do pessoal – orientadas a preservar os postos de trabalho. “O que está ocorrendo demonstra que Ence não possui planos industriais de futuro e que seu interesse se baseia unicamente na exploração de recursos”, declarou o secretário nacional da CIG-Industria, Marcos Conde.

A empresa aposta no diálogo e na voluntariedade

Por sua parte, fontes da empresa destacaram que a direção manteve diversas reuniões com o comité de empresa da biofábrica de Pontevedra com o objetivo de evitar a greve e abrir um espaço de diálogo que permitisse buscar soluções consensuais.

Sobre este ponto, a firma que preside Ignacio de Colmenares sublinha que a situação se apresenta após acumular quatro trimestres consecutivos de perdas e indica que propôs adiar o início do procedimento de despedimento coletivo e abrir um período de diálogo de 30 dias, de 20 de novembro a 19 de dezembro de 2025, extensível por mútuo acordo, para analisar conjuntamente medidas voluntárias.

Entre elas, as pré-reformas, baixas incentivadas ou recolocações internas, bem como “qualquer outra iniciativa que possa ser proposta por qualquer das partes” e que “permitam adequar” a dimensão da equipa às necessidades atuais e futuras da planta. A companhia assegura que esta mesma abordagem de diálogo foi proposta e aceita na fábrica de Navia, em Astúrias.

Por último, indicou que o Plano de Competitividade não implica cortes arbitrários, mas melhorias dos processos para ganhar eficiência e competitividade em linha com o que está sendo feito no setor industrial.

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