Cortizo, o rei do alumínio, dispara 45% os lucros e supera os 1.000 milhões em ativos

O grupo com sede em Padrón alcançou pela primeira vez no ano passado os 155 milhões em lucros e aproxima-se dos 3.000 empregados

Planta de reciclagem de alumínio da Cortizo em Coirós / Cortizo

Há uma semana, Grupo Cortizo celebrou o ato de inauguração da sua nova planta de reciclagem de alumínio de Coirós, que requereu um investimento de 38 milhões. A nova instalação é uma amostra do crescimento da companhia fundada por José Manuel Cortizo Soñora, que, após 50 anos de trajetória, conta com nove fábricas, quase 3.000 empregados e vende em mais de 80 países.

A empresa de Padrón expande sua atividade após fechar o seu melhor ano em termos de lucros. Cortizo ganhou 155 milhões em 2024, o que representa um incremento de 45% em relação aos 106,6 milhões do exercício anterior, a primeira vez que superou a marca dos 100 milhões em lucros. Nesse grupo não há muitas empresas galegas: Inditex, Abanca, Gadisa, Finsa, Rosp Corunna, Pontegadea e poucos mais.

A melhora no resultado deriva do incremento da faturação, com uma cifra de negócios de 895,5 milhões, frente aos 743 milhões de 2023, e do aumento do resultado financeiro, que passou de 2,8 milhões para 32,2 milhões. O resultado de exploração foi positivo no valor de 160,4 milhões, em comparação com os 124,7 milhões de 2023, e o grupo também superou pela primeira vez os 1.000 milhões em ativos.

Segundo as contas depositadas pelo fabricante de alumínio e PVC no Registo Comercial, consultadas por este meio através da plataforma Insight View, as subsidiárias de Cortizo distribuíram à sua matriz, Cortizo Carteira, 36,1 milhões em dividendos. Os mais relevantes foram os 13 milhões de Alumínios Cortizo; 5 milhões da subsidiária eslovaca; outros 5 da polaca e 10 milhões da planta de Cidade Real (Alumínios Cortizo Manzanares). O resultado agregado proporcionaria lucros de 180 milhões (Cortizo subtrai nos ajustes de consolidação os dividendos intergrupo).

O mapa de lucros de Cortizo

Cortizo tem centros de produção na Espanha, Eslováquia, Polônia e França, embora sua rede de distribuição se estenda por mais de 80 países. A quinzena de subsidiárias que dependem do holding familiar, com o fundador e suas filhas no conselho, obteve um resultado positivo –com exceção de Nelcort Hungary– e, na maior parte dos casos, aumentaram lucros.

O grupo faz um resumo dos lucros antes de impostos por países no seu Estado de Informação Não Financeira, nos quais destacam-se os 189,4 milhões da Espanha, frente aos 125 milhões do ano anterior; os 15 milhões da Eslováquia, três milhões a mais que em 2023; os 12,7 milhões da Polônia, também três milhões a mais; e os 3,4 milhões de lucros antes de impostos de Portugal, ligeiramente superior ao curso precedente.

Resultados por sociedades do Grupo Cortizo

Ao fechar 2024, o grupo contava com uma equipe de 2.981 trabalhadores e 65% das receitas vinham de mercados internacionais, 49% do território europeu e 16% do resto do mundo. A principal novidade não é tanto a internacionalização de Cortizo, pois o negócio exterior pesava de maneira similar em exercícios anteriores, mas as vendas fora da Europa, que passaram de representar 3% em 2023 para 16%.

O aumento dos ingressos e dos lucros da companhia coincidiu com um incremento da produção, de 17,3% em alumínio e de 10,7% em PVC.

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