O Porto de A Coruña, incapaz de sair das perdas após pagar 15 milhões pelos créditos de Langosteira.
A Autoridade Portuária registou números vermelhos de 3,1 milhões no ano passado de 2024, apesar de alcançar um recorde de faturamento de 32 milhões, devido ao encargo financeiro que representa o pagamento de juros e amortizações pelos empréstimos para a construção do Porto Exterior.

Embora tenha registrado números recordes de receita, o Porto de A Coruña continua imerso em números vermelhos devido ao fardo financeiro que ele precisa suportar, relativo a juros e amortizações, pelos empréstimos vinculados à construção de Punta Langosteira. Quase 15 milhões de euros foram desembolsados em 2024.
De fato, segundo informa a entidade portuária por meio de um comunicado, o conselho de administração do porto, presidido por Martín Fernández Prado, aprovou nesta sexta-feira as contas anuais do exercício de 2024, alcançando um número recorde de receitas de 32 milhões de euros, comparado aos 31,3 milhões do exercício anterior.
Resultado de operação de 2,7 milhões
O resultado de operação da sociedade, próprio da sua atividade, alcançou 2,7 milhões de euros, em comparação com 2,06 milhões de 2023. Contudo, o porto de Corunha segue imerso em números vermelhos, arrastado pela dívida associada à construção do Porto Exterior.
Assim, segundo a informação divulgada nesta sexta-feira, o órgão portuário, dependente dos Portos do Estado, fechou o exercício de 2024 com um prejuízo líquido de 3,1 milhões de euros, comparado aos números vermelhos de 3,3 milhões do ano anterior, “devido ao fardo financeiro que representam os empréstimos contraídos com os Portos do Estado e o Banco Europeu de Investimentos para financiar a construção do Porto Exterior”.
Em apenas um ano, a Autoridade Portuária de A Coruña teve que desembolsar 14,8 milhões de euros entre juros e amortizações por ambos os empréstimos. Além disso, segundo a autoridade portuária, a situação piorará a partir de 2026, quando as quantias aumentarão, “o que limita de maneira muito substancial a capacidade da Autoridade Portuária de realizar os investimentos que são necessários em suas dársenas”.
Assim, a entidade volta a pedir uma solução ao Governo central. “É necessário acordar em curto prazo uma solução para a dívida contraída com os Portos do Estado, e poder manter assim uma gestão eficiente e capaz de responder às necessidades de nossas empresas operadoras atuais e futuras”, expõe.