O presidente da Zegona, que comprou R e Vodafone, está perto de receber um super bônus de 460 milhões.

A valorização das ações do fundo britânico após a compra da Vodafone Espanha aumentou o valor do pacote acionário de Eamonn O’Hare de 141 milhões para 460 milhões.

O nome de Eamonn O’Hare tem um protagonismo especial na história recente do setor de telecomunicações deste país. O atual presidente da Zegona já ocupava essa posição quando se concretizou a compra da empresa galega R por parte da Euskaltel em 2015 por 1.190 milhões e quando, seis anos depois, a empresa basca tornou-se parte do grupo MásMóvil. Após a compra da Vodafone Espanha, operação que foi concluída em maio do último ano, O´Hare aspira a um bônus que superaria os 400 milhões de euros.

O fundo britânico conta com um plano de incentivos para os executivos, através do qual Eamonn O’Hare recebeu 34 milhões de ações e que consiste em distribuir uma remuneração de 15% da revalorização da empresa. De acordo com esse plano ao presidente corresponderia 59% desse incentivo, enquanto para o diretor de operações, Robert Samuelson, iria 30%. Os outros 11% são distribuídos entre um grupo de executivos que a empresa não especifica.

Conforme publica El País, o preço por ação quando o presidente recebeu o pacote de ações era de cerca de 3,57 libras, aproximadamente 4,29 euros.

Após a compra da Vodafone Espanha, as ações da Zegona revalorizaram, subindo para mais de 11 libras (12,73 euros), de modo que o valor da participação de Eamonn O’Hare teria passado de 122,30 milhões de libras (141,48 milhões de euros) para 397,41 milhões de libras (459,74 milhões de euros).

Também é substancial o bônus que receberia Samuelson caso, assim como Eamonn O’Hare, decidisse vender sua participação. O diretor de operações recebeu na mesma data que o presidente mais de 16 milhões de ações, avaliadas em 57,69 milhões de libras (66,73 milhões de euros), cujo valor com base na cotação atual dos títulos ascenderia a 187,45 milhões de libras (quase 217 milhões de euros).

Compra da Vodafone

No fim de maio de 2024 o fundo completou o processo de compra do negócio da Vodafone na Espanha, uma operação avaliada em 5.000 milhões de euros. A operação foi concluída após receber a autorização do Conselho de Ministros. O então ministro da Transformação Digital e Função Pública, José Luís Escrivá, afirmou que “a empresa autorizada comprometeu-se a um plano de investimentos a médio prazo no âmbito das telecomunicações, tanto fixas quanto móveis, e, além disso, a manter em todo momento uma solvência financeira elevada”.

A Zegona adquiriu quase a totalidade da Vodafone Espanha, o único ativo que possui, quase inteiramente por meio de empréstimos bancários e com o apoio do próprio grupo Vodafone. No fechamento do seu último exercício, no qual teve um prejuízo de 439 milhões, a dívida do fundo ascendia a 3.715 milhões de euros, tendo sido refinanciada até três vezes.

A aquisição da Vodafone também significou a chegada de José Miguel García, ex-Jazztel, como conselheiro da empresa, mesmo cargo que ocupava na Euskaltel, proprietária da galega R, quando o fundo vendeu por cerca de 2.000 milhões ao grupo MásMóvil, que no ano passado se fundiu com a Orange formando o grupo MásOrange.

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