A habitação encarece quase 6% na Galiza num ano e impulsiona a alta do IPC

O encarecimento da habitação está impulsionando para cima o IPC, que aumenta em Galiza 2,5% até agosto, ligeiramente abaixo dos 2,7% da média estatal. Embora o aumento seja generalizado, o mais significativo ocorre na habitação, com um aumento de preços de 5,8%. Ultrapassa o encarecimento de hotéis, cafés e restaurantes, onde foi registrado um avanço de 4,4%; e também os 4% das bebidas alcoólicas e do tabaco.

Segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os alimentos e bebidas não alcoólicas subiram 2,1% desde agosto de 2024; o vestuário e o calçado 1,4%; a medicina (+2,6%), o transporte (+1%), as comunicações (+0,8%), o lazer e a cultura (+0,6%) e a educação (+2,5%) também elevaram seus preços.

Poder aquisitivo

Na Espanha, o IPC manteve sua taxa anual em agosto em 2,7%, graças ao comportamento dos preços dos alimentos e da eletricidade que compensou o dos combustíveis. Após o período inflacionário, a taxa estabilizou e marca o oitavo mês consecutivo freando sua escalada. “É a mesma taxa que em julho e continua a senda de convergência ao objetivo de inflação do Banco Central Europeu”, destacou o Ministério da Economia, Comércio e Empresa.

Segundo o Departamento que dirige Carlos Cuerpo, a estabilização deve-se principalmente ao fato de que a estabilidade da eletricidade em agosto compensou a contribuição para alta dos combustíveis. “A estabilidade da inflação e as subidas dos salários estão permitindo às famílias recuperar progressivamente seu poder aquisitivo“, destacou o Ministério.

Inflação subjacente

A inflação subjacente (sem alimentos não elaborados nem produtos energéticos) aumentou uma décima em agosto, até 2,4%, três décimas abaixo do índice geral. Segundo o INE, a taxa anual de inflação a impostos constantes –sem considerar as últimas variações de impostos–, situou-se em agosto em 2,2%, cinco décimas abaixo da taxa geral.