A crise da automoção também afeta o CTAG: anuncia 150 despedimentos e um ERTE de 110 dias

A direção do Centro Tecnológico e de Automoción de Galiza justifica a decisão pela redução das receitas e dos fundos provenientes de subvenções públicas, aos quais se deve adicionar a situação internacional de incerteza, os aranceis ou a concorrência da China

A direção do Centro Tecnolóxico e de Automoción de Galiza (CTAG), localizado em O Porriño, comunicou aos sindicatos a intenção de iniciar a negociação de um ERE e um ERTE, que poderiam resultar em cerca de 150 demissões e uma regulação de 110 dias para o resto do pessoal.

Os sindicatos, que há tempos alertam sobre problemas no centro, com perda de projetos e demissões, explicaram que estes números são a proposta inicial, mas que tentarão minimizar ao máximo o impacto das medidas ao longo das negociações.

Razões produtivas e econômicas

Assim, o CTAG comunicou sua proposta inicial: um ERE extintivo para um máximo de 150 trabalhadores (de um quadro total de quase 900 empregados) e um expediente de regulação temporária de emprego para o resto do pessoal de 110 dias de duração. “São os números mais altos que já se registraram no setor”, refletiu Hugo Méndez, representante do CIG no comitê, que relembrou que o ERE da Stellantis, “que já foi uma barbaridade”, alcançou os 90 dias.

A empresa alega razões produtivas e econômicas. Segundo informado, os rendimentos do centro foram reduzidos e diminuíram os fundos provenientes de subvenções públicas e, por outro lado, a situação internacional de incerteza, os impostos ou a competição da China, também afetaram o CTAG.

Um número “excessivo” de demissões

Com isso, desde o CIG apontaram que estudarão cuidadosamente a memória econômica entregue pela empresa, já que o número de trabalhadores afetados pela regulação parece “excessivo” para as cifras econômicas que a empresa apresentou. Por isso, Hugo Méndez pediu “calma” para poder analisar bem a situação, embora tenha enfatizado que a intenção do CIG é reduzir ao mínimo possível o impacto das medidas no processo de negociação.

Na mesma linha, David Casal, do CC.OO., reconheceu que a situação é “complexa, mas ainda aberta”, e explicou que o sindicato trabalhará no período de negociação para “reduzir o impacto, garantir saídas voluntárias e proteger o emprego qualificado”.

Segundo ele detalhou, “não há demissões imediatas”, uma vez que o processo tem prazos legais (após a comunicação da empresa abre-se um prazo de 7 dias para a constituição da comissão negociadora). “Nossa prioridade é que seja gerido com diálogo, transparência e garantias para toda a equipe”, enfatizou, antes de insistir que a “prioridade” do CC.OO. é que “ninguém fique para trás” e que o CTAG “continue sendo um referencial de inovação e emprego estável”.

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