Cálculos da Fedea: a dívida na Galiza superará os 13.000 milhões em 2028, mas diminuirá seu peso sobre o PIB.

Um estudo publicado nesta terça-feira pela Fundação de Estudos de Economia Aplicada (Fedea) indica que a dívida na Galiza superará os 13.000 milhões de euros em 2028, alcançando um total de 13.185 milhões, embora sua proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) diminua para 13,4%.

De acordo com o estudo, a Galiza encerrou 2024 com uma dívida de 11.936 milhões, portanto, a previsão da Fedea é que aumente em 1.207 milhões até 2028.

A progressão deste aumento é a seguinte: 12.367 milhões em 2025, 12.633 milhões em 2026, 13.001 milhões em 2027 e 13.185 milhões em 2028.

A dívida pública das comunidades no final de 2024 foi de 335.947 milhões, o que subirá 26.997 milhões (+8%), até 362.944 milhões.

No que diz respeito à proporção da dívida sobre o PIB, estava em 14,5% na Galiza ao final de 2024, pelo que se prevê um corte de mais de um ponto, para 13,4% em 2028, abaixo da média de 19,1% das autonomias nesse ano.

O gasto com juros na Galiza foi de 341 milhões em 2024 e a Fedea estima que aumentará para 510 milhões em 2028, 171 milhões a mais. Em 2022 esse gasto era apenas de 102 milhões, pelo que comparado com esse ano o aumento é de 408 milhões (+400%).

Dados nacionais

A Fedea colocou a Catalunha e a Comunidade Valenciana como as duas regiões que experimentarão maior variação no gasto com juros da dívida pública nos próximos anos, com um aumento de mais de 1.500 milhões de euros no período entre 2022 e 2028.

Isso é o que consta na nota publicada nesta terça-feira pela Fedea e que foi elaborada pelos economistas do ‘think tank’ Manuel Díaz e Carmen Marín, na qual é oferecida uma previsão do gasto com juros das comunidades autônomas nos próximos anos.

Segundo esses dados, a Catalunha terá uma variação de 1.793 milhões de euros no gasto com juros da dívida pública em termos absolutos durante o período entre 2022 e 2028, o que representa um aumento de 174%, enquanto que para a Comunidade Valenciana ascende a 1.565 milhões, um aumento de 433%.

Seguem-se em termos absolutos a Andaluzia (977 milhões de euros); Madrid (824 milhões); Castela e Leão (441 milhões); Galiza (408 milhões), Castela-Mancha (398 milhões); Múrcia (330 milhões), País Basco (261 milhões); Canárias (250 milhões); Baleares (237 milhões); Aragão (236 milhões); Astúrias (169 milhões); Estremadura (153 milhões); Cantábria (56 milhões); Navarra (45 milhões) e La Rioja (37 milhões).

Em 2022, o gasto autonômico com juros registrado pela Fazenda atingiu 3.608 milhões de euros, pelo que a Fedea estima que, sob seus pressupostos, essa cifra aumentará até 11.789 milhões de euros em 2028.