Do registro de piromaníacos às pulseiras telemáticas: eis o plano de Feijóo para enfrentar os incêndios.
As 50 medidas, que serão enviadas às Cortes Gerais, incluem também a profissionalização da Proteção Civil, a implementação de mais ajudas, sem impostos, e um maior apoio à pecuária e ao mundo rural.
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Alberto Núñez Feijóo, líder do PP e ex-presidente da Xunta, apresentou nesta segunda-feira um plano integral contra os incêndios florestais, que será enviado às Cortes Gerais e que inclui 50 medidas entre as quais estão a criação de um registro nacional de piromaníacos e sua geolocalização, a profissionalização da Proteção Civil, mais ajudas e sem impostos, e mais apoio à pecuária e ao mundo rural.
“Trabalhamos em uma resposta integral com 50 medidas para as áreas afetadas que compreendem ajuda imediata às pessoas, a reparação de vilas, a recuperação do patrimônio florestal e de empregos, e a preparação para futuros eventos”, disse este meio-dia em uma coletiva de imprensa na sede do partido.
Feijóo destacou que as propostas respondem a três objetivos: atenção ágil aos afetados, recuperação dos ambientes e empregos destruídos, e garantias de que “uma tragédia desta dimensão não volte a ocorrer”.
Entre algumas das medidas detalhadas, destacou a criação de um Registro Nacional de Piromaníacos que incluirá pessoas condenadas em sentença firme por provocar incêndios, as quais deverão usar pulseiras telemáticas para localização.
De acordo com dados do Ministério do Interior, nos últimos dois meses e meio foram detidas 41 pessoas e outras 127 estão sendo investigadas por iniciarem fogos.
Outras medidas
O líder do PP também defendeu a necessidade de “objetivar” a gestão de emergências para evitar a confrontação política e propôs estabelecer critérios “objetivos, transparentes e vinculativos” sob a liderança de profissionais experientes. O objetivo, disse, é garantir a rapidez e coordenação dos meios autonômicos, a Unidade Militar de Emergências (UME), as capacidades logísticas do Exército e a ativação de recursos europeus quando necessário.
Além disso, o plano contempla ajudas materiais e econômicas imediatas a pessoas, localidades e empresas afetadas, assim como a mobilização de recursos orçamentários, incluindo fundos europeus. Também prevê revisar o marco legislativo e a gestão de montes para avaliar práticas florestais e pecuárias com impacto negativo na prevenção e extinção de incêndios.
