O Governo ‘ignora’ as exigências da Ryanair e procura “outras opções”

O Governo ataca Ryanair por suas exigências para manter seus investimentos milionários na Espanha. A ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações, Elma Saiz, descartou que o Governo vá ceder ao pedido da companhia aérea de reduzir as taxas aeroportuárias e assegurou que se trabalha de forma “imediata” para procurar “outras opções”.

“Um Governo não pode estar à mercê de decisões discricionárias de uma empresa”, afirmou a ministra no programa La hora de La 1. Elma Saiz respondeu assim à proposta de Ryanair, que promete um investimento de 2.830 milhões em sete anos desde que se reverta o aumento de taxas da Aena previsto para 2026, se congelem as tarifas aeroportuárias e se implemente o sistema de incentivos para combustíveis sustentáveis.

Caso contrário, a companhia aérea fará valer sua decisão de fechar sua base em Santiago de Compostela e cancelar os voos para Vigo a partir de janeiro de 2026 e para Tenerife Norte a partir do início do inverno de 2025. Além disso, os aeroportos de Valladolid e Jerez permanecerão fechados durante o inverno de 2025.

Recorde de turistas

Nesse sentido, Saiz explicou que os ministérios competentes já estão trabalhando para “diversificar, reorientar e procurar outras fórmulas” para mitigar o impacto da medida de Ryanair no turismo e no emprego.

A ministra defendeu a gestão turística do Governo, destacando que Espanha está experimentando um “recorde de turistas” e que isso não se deve apenas ao modelo de “sol e praia”, mas também à “conectividade, as infraestruturas e a atração de investimentos interessantes”. Segundo Saiz, esses elementos têm contribuído para consolidar a Espanha como uma “potência turística”.