A classificação da cerveja na Espanha: Estrella Galiza, mais perto da ‘ultrapassagem’ em vendas à Heineken

A filial espanhola da cervejaria holandesa concluiu 2024 com um volume de negócios de 1.035 milhões, um decréscimo de 4,6%, frente aos 886 milhões de Hijos de Rivera, cuja previsão é superar os 1.800 em 2030

Hijos de Rivera, a corporação empresarial dona de Estrella Galicia, está imersa num ambicioso plano de expansão, com números que fazem prever que poderia ultrapassar a filial espanhola da Heineken nos próximos exercícios. A empresa de Corunha finalizou o exercício de 2024 com um aumento de vendas de 6,9%, alcançando 886 milhões de euros. A operação espanhola do grupo holandês, por sua vez, reduziu o seu volume de negócios em 4,6%, ficando em 1.035 milhões de euros. A distância atual, de 149 milhões, não é tanta, se considerarmos o plano de expansão implementado por Ignacio Rivera, que espera alcançar 1.800 milhões em 2030 graças ao crescimento da produção que a nova fábrica em Morás (Arteixo) trará.

Hijos de Rivera fechou o exercício de 2024 com um avanço nas suas vendas líquidas de quase 7% e com um EBITDA que aumentou de 205 para 211 milhões de euros. No entanto, os lucros reduziram-se de 107 milhões para 95 devido ao investimento na sua nova grande fábrica em Morás. Ignacio Rivera, presidente da companhia, indicou que as amortizações dos empréstimos obtidos para a gigante planta impactaram o lucro.

Comparativa de lucros

A Heineken Espanha, detentora de marcas como Cruzcampo ou El Águila, viveu o contrário. Suas contas recentemente enviadas ao Registro Mercantil e consultadas por este meio através da plataforma Insight View, indicam que em 2024 registou um recuo no seu volume de negócios, que passou de 1.085 milhões para 1.035 milhões de euros. Desta quantia, 984 milhões correspondem a “vendas no mercado nacional”. No entanto, registou um lucro líquido histórico de 208,2 milhões de euros, o triplo dos 67 milhões alcançados em 2023. Com quatro fábricas em Sevilha, Madrid, Valência e Jaen, o impressionante aumento deve-se, em parte, ao reconhecimento de uma reversão de deterioração de 115 milhões nas inversões nas empresas dependentes Brew Master Hub e Sociedade Central de Cervejas e Bebidas.

Além disso, no ano passado, os administradores da companhia também indicam que foi formalizado um contrato de venda de ativos à Refrival pelo montante de 33,8 milhões de euros pagáveis em quatro anos. No seu balanço, a companhia anota uns rendimentos financeiros novalor de 36,6 milhões.

De fato, se se analisar o resultado de exploração, típico da atividade da companhia, a filial espanhola da Heineken terminou o ano com um positivo de 100,7 milhões, frente aos 138,2 milhões da conta consolidada da Corporação Hijos de Rivera.

Ativos e produção

Os ativos totais de Heineken Espanha alcançaram no último exercício 1.170 milhões em frente aos 1.200 milhões da corporação dona da Estrella Galicia.

O plano de crescimento da Estrella Galicia baseia-se fundamentalmente na sua nova planta de produção em Morás. A cervejeira contava com uma capacidade próxima dos 500 milhões de litros anuais através das instalações no polígono de Agrela. Na sua “segunda cozinha” conta já com uma capacidade para produzir uns 300 milhões de litros de cerveja e poderá alcançar os 1.000 milhões de litros de cerveja anuais no futuro, quando se completar todo o investimento na planta. Esse volume de produção permitir-lhe-á, no futuro, competir em volume de negócios com os gigantes cervejeiros na Espanha, Mahou San-Miguel e Estrella Damm.

Heineken Espanha, por sua parte, cifra em quase 10 milhões de hectolitros a cerveja comercializada no ano passado na Espanha, fabricada no país, indica, 98% do total.

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