Abanca ganha 670 milhões até setembro, um aumento de 5%, e cresce na Espanha e em Portugal

A margem de juros mais as comissões, que são o 'core' do negócio financeiro, cresce no caso de Abanca nos primeiros nove meses em 1,5%, até os 1.475 milhões

Abanca obteve nos primeiros nove meses do ano um lucro atribuído de 670,4 milhões de euros, com uma rentabilidade ROTE de 15,1%. O resultado obtido baseia-se no crescimento eficiente do negócio e na boa gestão do balanço, segundo destaca a entidade. Esse lucro atribuído representa um crescimento de 5% sobre os 638,4 milhões que havia ganhado nos primeiros nove meses do ano passado, quando integrou o luso Eurobic.

A margem básica de Abanca cresce 1,5%, até os 1.475 milhões, em comparação com os 1.453,3 milhões do ano passado. Essa margem básica, que é a soma da margem de juros mais as comissões, o core do negócio, apoia-se precisamente nas receitas por prestação de serviços, que avançam 14,3%, até os 275,2 milhões. A margem de juros (a diferença entre o que cobra pelos créditos e o que paga pelos depósitos dos clientes) situou-se em 1.199 milhões, com uma queda de 1,1%.

Créditos e depósitos

A entidade elevou seu volume de negócios acima dos 134.000 milhões de euros, com um crescimento interanual de 5.6%. “O negócio mostra-se robusto nos seus principais mercados, Espanha e Portugal, que continuam oferecendo boas perspectivas econômicas”, diz Abanca. Esse volume de negócios ao qual faz referência Abanca é o resultado da soma dos recursos totais de clientes (sobretudo depósitos), com 81.758 milhões, e o crédito à clientela, que somou nos primeiros nove meses uns 52.520 milhões.

Em concreto, o volume de crédito à clientela em situação normal situou-se em 52.152 milhões de euros, com um crescimento de 6,3% em termos interanuais. O crédito à clientela está focado de maneira clara no setor privado, com as empresas, com 45% do total, e os particulares, com 39%, como seus destinatários fundamentais.

Clientes e morosidade

A captação de recursos de clientes mostrou um comportamento similar: alcançou um total de 81.758 milhões de euros após crescer 5,2% em relação a setembro de 2024. Na estrutura de recursos de clientes do banco, 77% do total corresponde a saldos à vista e a prazo, enquanto que os 23% restantes a recursos fora de balanço.

A entrada de novos clientes (mais de 88.000 em Espanha e acima dos 30.000 em Portugal) traduziu-se num incremento de 1,5% nos depósitos a retalho.

Como em trimestres anteriores, Abanca continua reduzindo seu rácio de morosidade e mantendo amplos níveis de cobertura. Os saldos duvidosos diminuíram 11,1% interanual, com o que a morosidade ficou situada em 2,2% (2,2% Espanha e 2,4% Portugal). A taxa de cobertura destes ativos cresceu até 81,8%, 8 pontos percentuais mais que a média do sistema.

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