BYD, parceiro de Castrosua, prevê aumentar as suas vendas internacionais de carros até 1,6 milhões

Um estudo da firma financeira Citi aumenta o número de veículos que a companhia estima vender fora da China em relação ao milhão previsto no ano passado

BYD, o fabricante chinês de veículos elétricos que no ano passado superou a Tesla em vendas, tinha como objetivo aumentar suas vendas de veículos no exterior no próximo ano para 1,6 milhões, de acordo com um relatório publicado esta terça-feira pela empresa financeira Citi. Esse aumento representaria um crescimento de dois dígitos em relação às vendas do ano passado.

A previsão da Citi coloca a BYD em um volume de vendas em seus mercados estrangeiros de entre 1,5 e 1,6 milhões de veículos no próximo ano, o que representa um aumento em relação às 900.000 ou 1 milhão de unidades que esperava vender fora da China em 2025.

Segundo a Citi, a “composição das vendas no exterior da BYD está equilibrada entre diferentes regiões, sendo Europa, América do Norte e a Asean responsáveis, cada uma, por um terço das vendas totais no exterior previstas para 2025”.

O fabricante de automóveis reduziu a meta de vendas de 2025 em 16%, fixando-a em 4,6 milhões de veículos, após suas vendas nacionais caírem nos últimos meses como resultado de Pequim instar os fabricantes de automóveis a reduzir os descontos nos preços, situação que tinha impulsionado os volumes das automobilísticas chinesas nos últimos meses.

Contudo, até o mês de outubro, a companhia asiática superou os 3,7 milhões de veículos vendidos no acumulado do ano até outubro, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Contudo, segundo dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, a BYD perdeu o título de fabricante mais vendido da China para a estatal Saic Motor no mês de setembro. A BYD enfrenta uma competição cada vez mais intensa na China de concorrentes locais como Geely, Chery ou Leapmotor no segmento de veículos econômicos.

Dados do terceiro trimestre

A BYD registou no terceiro trimestre a sua maior queda trimestral de lucros em mais de quatro anos e a primeira com números negativos em um ano e meio. Especificamente, obteve um lucro no período de 7.822 milhões de yuanes (cerca de 952 milhões de euros), o que representou uma redução de 33% nos lucros de um ano atrás.

Por outro lado, o fabricante chinês exportou cerca de 20% dos seus veículos produzidos para o estrangeiro até agora este ano (no total produziu 3,6 milhões de unidades), o dobro do nível registrado em 2024.

Nos últimos cinco anos, a BYD construiu pelo menos oito fábricas em toda a China, bem como na Hungria e no Brasil, para se tornar líder mundial na venda de veículos eletrificados e por ser também a companhia com mais vendas a nível mundial de modelos elétricos, algo que aspira a alcançar em 2025, superando a Tesla.

¿Planta na Espanha?

A BYD volta a explorar a Espanha para construir uma fábrica de automóveis. A companhia já teve o país entre os candidatos para alojar suas duas primeiras plantas, que finalmente está construindo na Hungria e na Turquia, com um investimento conjunto que ronda os 5.000 milhões de euros. Em ambas ocasiões, o grupo asiático tinha em vista a Galiza, chegando até a estudar sua possível implantação em Plisan. No entanto, acabou escolhendo outros locais com menores custos para o desenvolvimento de seus projetos.

Agora volta sobre seus passos ao pensar em uma terceira planta europeia. A Espanha, de fato, é a principal candidata a hospedar as novas instalações, segundo avançaram à Reuters fontes conhecedoras dos planos.

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