Cortizo inaugura nova planta em Coirós: produzirá 100.000 toneladas por ano de alumínio reciclado
A empresa investiu 38 milhões de euros num projeto estratégico para a sua circularidade
Cortizo investiu 38 milhões de euros na sua nova planta para reciclagem de alumínio em Coirós (A Coruña). Foto: Alumínio Cortizo.
O grupo Cortizo avança na sua estratégia de circularidade. Faz isso com uma nova planta, inaugurada esta quarta-feira em Coirós. Um novo estabelecimento de 29.000 metros quadrados que servirá para produzir até 100.000 toneladas anuais de tarugo reciclado a partir de sucata. O investimento alcançou os 38 milhões de euros.
A firma galega celebrou o lançamento do projeto em um ato oficial que foi liderado pelo presidente da Xunta de Galiza, Alfonso Rueda, acompanhado da Conselleira de Economia e Indústria, María Jesús Lorenzana, e do prefeito de Coirós, Francisco Quintela.
A diretora-geral da companhia de Padrón, Raquel Cortizo, detalhou os pormenores do novo complexo, que conta com “a tecnologia mais avançada do setor” com o objetivo de produzir “até 100.000 toneladas por ano de tarugo reciclado pós-consumo”. A executiva também quis destacar a trajetória de Cortizo como empresa recicladora de alumínio. “Este centro de Coirós não responde a uma moda, mas sim a um passo mais num processo que levamos realizando há mais de três décadas. Quando quase não se falava de economia circular, nós já iniciamos uma fundição em Padrón, tornando-nos na primeira empresa na Espanha que fechava o ciclo produtivo do alumínio completamente, recuperando os sobrantes da produção para convertê-los em matéria-prima”, explicou.

Raquel Cortizo também destacou o compromisso da companhia com a Galiza, onde só nos últimos cinco anos investiram “228 milhões de euros” para impulsionar projetos que os colocam “na vanguarda do setor”, entre eles o Campus Tecnológico e a ampliação das suas fábricas de alumínio e PVC em Padrón, além deste novo centro em Coirós.
Instalações
As novas instalações de Cortizo em Coirós contam com uma superfície de 29.000 m2 e estão situadas numa parcela de 110.000 m2 no polígono industrial do município corunhês, ao pé da A-6. Lá, podem ser produzidas até 100.000 toneladas anuais de tarugo reciclado pós-consumo, ou seja, matéria-prima para a extrusão de perfis obtida através do reciclagem de qualquer produto de alumínio que é recuperado após terminar sua vida útil; entre eles, janelas, portas, fachadas e corrimãos que são retirados das edificações e que são reincorporados ao ciclo produtivo apostando pela circularidade.
Numa primeira fase, Cortizo realiza a trituração e classificação da sucata recebida, separando todos os elementos até ficar com o alumínio, o qual passará aos fornos na segunda parte do processo para ser fundido e recuperar de novo seu estado sólido em forma de tarugo. O tarugo elaborado em Coirós, denominado Infinity, é um grande lingote cilíndrico de 7 metros de comprimento, com diâmetros que vão desde os 153 mm até os 305 mm, que é utilizado como matéria-prima para a extrusão de perfis. Além disso, conta com uma das pegadas de carbono mais baixas do mercado e sua produção permite reduzir em 86% as emissões de CO2, além de uma economia energética de 95%; dados comparados com os que são apresentados pela obtenção de tarugo primário e tomando como referência a média dos oferecidos pela Associação Europeia do Alumínio.
A planta de Cortizo em Coirós inicia sua atividade com 20 empregos diretos, com previsão de duplicar seu pessoal quando alcançar seu máximo de produção.