Exolum anuncia um investimento de 100 milhões no Porto de A Corunha para a sua terminal de combustíveis sustentáveis

Exolum ajusta o ritmo em Langosteira. A companhia anunciou nesta quinta-feira que está disposta a investir mais de 100 milhões de euros no projeto que tramita no Porto de A Coruña, para criar um terminal de armazenamento de granéis líquidos cujo objetivo é armazenar tanto combustíveis convencionais como sustentáveis, na linha dos novos projetos de amoníaco ou metanol verde.

A companhia já iniciou os trâmites para conseguir a concessão de terreno da Autoridade Portuária na zona de Langosteira. “O projeto está concebido como uma terminal de transição energética desenhada para adaptar-se progressivamente à evolução do mercado, à regulamentação e à demanda industrial, e preparada para operar tanto com produtos convencionais como com combustíveis sustentáveis, como o amoníaco renovável, o CO₂ capturado, o metanol verde, o SAF (Sustainable Aviation Fuel) e outros biocombustíveis”, explica a companhia.

O plano contempla o desenvolvimento de “uma planta projetada sob rigorosos critérios de segurança, eficiência energética, automação e sustentabilidade ambiental distribuída em duas parcelas diferenciadas mas conectadas, com uma capacidade total de aproximadamente 165.000 m3 distribuídos em vários tanques (atmosféricos, criogênicos e pressurizados) preparados para armazenar combustíveis de baixas emissões, produtos químicos, amoníaco e CO2”.

A proposta inicial inclui um carregador ferroviário de bitola ibérica com conexão direta à rede nacional, a conexão do terminal a dois cais para navios através de uma rede de tubulações e bombas de grande capacidade e ilhas de carga para camiões cisterna, além de todos os sistemas auxiliares de operação e segurança.

Combustíveis

As atividades previstas abrangeriam armazenamento, mistura e expedição de produtos como biodiesel, HVO (hidrobiodiesel), bioetanol, metanol, naftas, SAF (Sustainable Aviation Fuel), matérias-primas para biocombustíveis e hidrocarbonetos tradicionais, bem como operações de blending desses produtos e sua distribuição multimodal.

“No caso do CO₂ criogênico, planeja-se sua recepção e armazenamento em condições pressurizadas e refrigeradas e sua expedição por via marítima ou terrestre, com possibilidade de conexão futura por dutos. Quanto ao amoníaco, estuda-se sua chegada pelas mesmas vias, seu armazenamento intermediário em tanques criogênicos e sua distribuição através de diferentes meios de transporte”, aponta Exolum.

Horizonte 2029

Explica a companhia que a complexidade do projeto bem como a tipologia de produtos a armazenar, muitos em desenvolvimento, antecipam uma inauguração escalonada do terminal, que iniciaria operações em 2029 se tudo ocorrer conforme o previsto.

“Esta futura terminal transformaria o Porto de A Coruña num nó logístico de referência tanto a nível nacional como europeu, graças à sua localização estratégica em rotas rumo ao norte da Europa, América, sul do continente e Oriente Médio”, indica a companhia.