Inditex caminha para a maior rentabilidade da sua história e quase quadruplica em margens a Shein

Os especialistas preveem que a Inditex aumentará sua margem líquida para 15,4% ao término deste ano enquanto que a Shein rondará os 4% com sua aposta 'low cost'

Óscar García Maceiras e Marta Ortega na última assembleia de acionistas da Inditex. Foto: EFE/Cabalar

Inditex aproveita o impulso do terceiro trimestre. As ações da multinacional com sede em Arteixo registaram um aumento de 9,8% desde que, na manhã desta quarta-feira, foram divulgados os resultados referentes aos meses de agosto a outubro, mostrando um crescimento de 4,9% no seu faturamento, alcançando os 9.814 milhões de euros após registrar um crescimento a taxas de câmbio constantes de 8,4%.

Os lucros, por outro lado, aumentaram 9% neste período e atingiram um novo recorde de 1.831 milhões de euros. Este impulso no resultado financeiro tirou a empresa do estagnamento que havia sofrido nos primeiros seis meses do seu ano fiscal 2025-26. É por isso que seu lucro líquido acumulado no ano aumentou para 4.622 milhões de euros, um aumento anual de 3,9%, enquanto as vendas chegaram a 28.171 milhões, um aumento de 2,7%.

Neste contexto, entidades como JP Morgan, RBC, Jefferies e UBS recomendam comprar ações da empresa, prevendo que ela fechará com números recordes num ano que parecia estar estagnado. As 23 principais casas de investimento que acompanham a empresa agora estimam que Inditex terá um faturamento de 39.961 milhões de euros no final deste exercício, enquanto seu lucro líquido superará pela primeira vez na história o marco dos 6.000 milhões de euros (6.156 milhões de euros).

Uma margem líquida recorde

Esses números, se confirmados, certificariam um avanço contínuo da Inditex tanto em tamanho quanto em rentabilidade. De fato, sua margem líquida subirá de 15,2% registrado no ano passado para 15,4% neste exercício fiscal 2025-26.

Este seria um retorno recorde para a Inditex, cuja margem líquida seria superior a 15% pelo terceiro exercício consecutivo e representaria um salto em relação aos 12,9% alcançados no último exercício antes da pandemia. Naquela época, a pressão sobre as margens tinha afetado significativamente a Inditex, que vivia uma situação oposta à atual, tendo registrado quatro anos consecutivos com este indicador em queda (em 2015, estava em torno de 13,8%).

Inditex também se distingue das taxas de rentabilidade que registrou em 2001, ano de sua estreia na bolsa de valores, quando convertia em lucros um total de 10,5 euros de cada 100 que recebia.

De H&M a Shein

Desta forma, a Inditex reforça-se como um gigante do setor têxtil tanto em vendas ou lucros como em margens. Sem dúvida, H&M, Uniqlo, Primark ou Shein ficam para trás neste aspecto da multinacional com sede em Arteixo. A primeira registrou uma margem líquida de 4,94% e os especialistas preveem que este ano ultrapassará a barreira dos 5% (5,02%) graças aos 1.053 milhões de euros em lucros previstos.

Fast Retailing, matriz da Uniqlo (conhecida popularmente como o Zara japonês), verá seu margen

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