Profand, Jealsa, Entrepinares… Os seis grandes fornecedores da Mercadona na Galiza aproximam-se dos 3.000 milhões em vendas

Os principais fornecedores de Mercadona em Galiza pisam no acelerador. Profand, Jealsa, Queserías Entrepinares, Mascato, Congalsa e Naturleite estão próximos da barreira psicológica dos 3.000 milhões de euros de faturamento conjunto graças ao impulso recebido da cadeia de supermercados que preside Juan Roig.

Estas empresas têm tanto sua sede quanto seus centros produtivos em solo galego, com exceção de Queserías Entrepinares, sediada em Valladolid mas que conta com planta própria em Vilalba. Juntas, somaram 71,4 milhões de lucro líquido e uma receita de 2.967,6 milhões de euros em 2024, o que representa um salto de 5,6% em relação aos 2.809,7 milhões de euros registrados no ano anterior.

Os números da Profand

Mais de um terço dessa quantia é aportado pela Profand. O fornecedor de referência de lula, choco e polvo envasado para Mercadona rompeu a barreira dos 1.000 milhões de euros de faturamento pela primeira vez na sua história. Em concreto, a empresa liderada por Enrique García Chillón aumentou seu faturamento de 930 para 1.002 milhões de euros em 2024.

Além disso, a firma alcançou um lucro líquido de 14,2 milhões de euros, o que significa 15,4% a mais que em 2023. A pesqueira com sede em Vigo conta com 13 plantas de processamento de peixe e 12 instalações de aquicultura em oito países e está controlada a 100% por Enrique García Chillón, que no início deste ano comprou de volta a Corporación Financiera Alba a participação de 23,7% que tinha adquirido em 2021 por um pagamento de 100 milhões de euros.

O holding da família March desembarcou no acionariado da Profand depois de que a firma comprasse Caldero (histórico fornecedor de Mercadona com sede em Aragón), o que lhe permitiu aumentar seu faturamento até 664 milhões de euros, uma cifra que se mantém modesta em relação aos 1.002 milhões atuais.

De Jealsa a Entrepinares

Mercadona encontra em Galiza sua comunidade de referência para se abastecer de proteína marinha. Por isso, seu segundo maior fornecedor na comunidade é outra empresa dedicada ao setor pesqueiro. Trata-se da conserva Jealsa. A empresa com sede em Boiro registou um avanço de 0,3% nas suas vendas, que se elevaram até 780,9 milhões de euros.

Contudo, seu lucro líquido quintuplicou e passou de 2,1 para 10,6 milhões de euros em um só ano graças à redução no custo das matérias-primas e ao bom desempenho de seu negócio em mercados-chave como Espanha e Itália.

Por sua vez, Queserías Entrepinares revelou na semana passada os números com os que fechou 2024. A firma com sede em Valladolid aumentou sua cifra de negócios em 8% e alcançou 643,7 milhões de euros em vendas. O grande fornecedor de queijos para Hacendado, que conta com plantas em Vilalba, Valladolid e Fuenlabrada (além de uma em Toledo sob a marca Lordi), aproveitou esse impulso em sua faturação para crescer a dois dígitos em matéria de ganhos. E é que seu lucro líquido subiu de 20,38 para 22,43 milhões de euros no último ano.

Congalsa lidera em crescimento

Profand, Jealsa e Entrepinares superam cada uma com sua faturação à soma de Mascato, Congalsa e Naturleite. E é que entre essas três firmas somam um total de 541 milhões de euros de faturação, com Mascato à frente graças aos 235,7 milhões de ingressos que colheu em 2024. A cifra representa um avanço de 3,4% em relação a 2023 e permitiu que o fornecedor de referência de merluza, tamboril ou bacalhau para Mercadona disparasse seus ganhos de 8,6 para 13,7 milhões de euros.

Congalsa, por sua parte, foi o grande fornecedor galego de Mercadona que mais cresceu no ano passado. De fato, sua cifra de negócios aumentou 14,6% e passou de 151 para 173 milhões de euros. A firma com sede em A Pobra do Caramiñal, que abastece a cadeia valenciana de palitos de merluza, lulas empanadas ou camarões empanados, anotou um aumento de 32,6% em seu lucro líquido, que escalou até 5,7 milhões de euros.

Congalsa se distancia, desta maneira, do sexto maior fornecedor de Mercadona com base de operações em Galiza. É o caso de Naturleite. A companhia que opera a antiga planta de Leche Celta em Meira depois de selar sua aquisição em 2018 cresceu 5% num 2024 em que faturou 132,3 milhões de euros.

A empresa, que tem como matriz a cooperativa andaluza Covap, aproveitou esse incremento em sua cifra de negócios para disparar seu lucro líquido de 2 para 4,8 milhões de euros.