Tasga prosigue a sua expansão e aposta numa central de bombeamento em Astúrias de 677 megawatts

Tasga Renováveis continua seu plano de crescimento. A energética, com sede social em Santiago de Compostela, apresentou perante o Ministério para a Transição Ecológica o projeto para construir uma central hidroelétrica reversível de 677,27 megawatts (MW) no concelho asturiano de Grandas de Salime, no sudoeste do Principado. 

Por enquanto, à espera de que o projeto inicial esteja disponível para consulta, não existem mais dados na página de tramitações ambientais do ministério liderado por Sara Aagesen, além de que a promotora é a filial Sarabia Renováveis, sociedade constituída em fevereiro de 2022 que conta com o CEO de Tasga, Juan Jesús Berzosa Aranguez, como administrador único. 

A firma galega não é a única empresa que colocou o olho na barragem de Salime. Também apresentaram seus projetos ao MITECO Saltos do Navia –empresa participada em 50% por Endesa e EDP– para construir uma central de 800 MW, e o grupo andaluz Magtel, através da filial Salime Energia, que também projeta uma hidroelétrica de bombeamento com uma potência de 215 MW para a qual estima um investimento de 210 milhões. 

Outros projetos de Tasga

Em solo galego um dos últimos projetos do Grupo Tasga conhecidos é a central hidroelétrica de bombeamento que planeja no Minho através da filial Silvana Renováveis que implicará um investimento mínimo de mais de 350 milhões.

Este projeto contempla seis possíveis alternativas de instalações (duas propostas para cada uma das três localizações selecionadas). Em todas elas considera-se a construção de um reservatório superior e uma central hidroelétrica em caverna, ou seja, subterrânea, e o caudal de captação seria o mesmo: 80 metros cúbicos por segundo. 

O grupo de renováveis vinculado a José Luis Suárez, o presidente de Copasa, conseguiu em início de setembro a declaração de projeto estratégico por parte da Xunta para a central de bombeamento de Meirama de 440 MW. A iniciativa, para a qual se prevê um investimento de 443 milhões, utilizaria o lago de As Encrobas como reservatório inferior e se escavaria um novo reservatório no terreno para utilizá-lo como reservatório superior. 

O volume total da planta seria de 5,25 hectômetros cúbicos de água represada, que circularia entre os reservatórios através de um circuito hidráulico subterrâneo e uma central hidroelétrica em caverna que aproveitaria o desnível entre ambos para gerar ou armazenar energia. 

Planta de hidrogênio em Vila de Cruces

Outro dos projetos para os quais a companhia recebeu recentemente a aprovação da Xunta é o da planta de hidrogênio que promove no concelho pontevedrés de Vila de Cruces. 

A princípios de maio a Direção Xeral de Qualidade Ambiental e Sustentabilidade da Consellería de Meio Ambiente e Mudança Climática concedeu a autorização ambiental integrada que permitia à companhia a implantação de uma planta com a qual estimam produzir quase 70 toneladas anuais de hidrogênio. 

A planta, que será instalada frente à barragem de Touro –na margem esquerda do rio Ulla– contará com uma potência de 0,432 megawatts de eletrólise e se abastecerá da energia elétrica da própria central hidroelétrica de Touro.

Os números de Tasga Renováveis

“Tasga Renováveis SL é a sociedade dominante de um grupo empresarial que se dedica à promoção, construção e desenvolvimento de projetos de energias renováveis”, apontam na memória que acompanha as contas anuais depositadas perante o Registro Mercantil e consultadas por Economia Digital Galiza através da solução analítica Insight View. 

A sociedade, que está também integrada no grupo ourensano Grupo Legio, fechou o último exercício com um benefício individual de 3,47 milhões, acima dos 3,14 de 2023. A companhia administra uns ativos de 44,33 milhões, frente aos quase 41 do exercício anterior, enquanto que o patrimônio líquido passou dos 38,62 para os 42 milhões.