O PP questiona os grandes contratos de Defesa de Navantia, Indra ou Airbus por falta de transparência

Exige a comparecência de Margarita Robles e Jordi Hereu, os ministros da Defesa e Indústria, para que expliquem os processos de adjudicação e os critérios para selecionar as empresas que executarão os programas, avaliados em mais de 34.000 milhões

A ministra da Defesa, Margarita Robles, junto ao CEO da Urovesa, Justo Sierra, numa visita à planta da empresa galega em Valga (Pontevedra)

O rearmamento de Espanha mobilizou milhares de milhões para a indústria de defesa a fim de impulsionar os grandes programas que compõem a estratégia apresentada pelo Governo no passado mês de abril. Navantia, Indra e Airbus são as três empresas centrais para o desenvolvimento do roteiro, uma delas controlada integralmente pela SEPI, como é o caso dos estaleiros públicos, e as outras duas participadas. O problema do plano, baseado no aumento dos investimentos em segurança dos Governos europeus, é a falta de transparência com que está sendo implementado. Pelo menos, é o que pensa o PP, que solicitou a presença da ministra da Defesa, Margarita Robles; e do ministro da Indústria, Jordi Hereu, para darem explicações sobre os processos de adjudicação dos projetos.

Os populares reivindicam conhecer os critérios aplicados nos contratos e os procedimentos seguidos pelo Executivo para a seleção das empresas. Registraram um conjunto de perguntas orais e escritas focadas nessas questões, uma brecha no rearmamento tranquilo espanhol e no Plano Industrial e Tecnológico para a Segurança e Defesa, que ascende a mais de 34.000 milhões.

Chamada ao presidente da CNMV

Da mesma forma, solicitaram a presença do presidente da CNMV, Carlos San Basilio, na Câmara Baixa para explicar se detectou “movimentos especulativos”. Os populares afirmam que o “Governo está comprometendo gasto para uma década, num contexto inédito de falta de Orçamento durante toda a legislatura”. Desde o grupo popular criticam que o Governo já “comprometeu um gasto de 34.168 milhões de euros, para os quais já acordou empréstimos no valor de 14.283 milhões de euros”. Indra e Navantia foram os principais receptores.

Embora ainda estejam pendentes de formalizar nove contratos de um total de 32, o PP analisa que “essas adjudicações públicas estão sendo realizadas de maneira direta e sem concorrência competitiva, o que torna inexcusável a máxima prestação de contas do Governo e a profunda fiscalização por parte do Congresso, o que até o momento não ocorreu”.

A falta de transparência

Também reprovam “a falta de transparência do Governo e a falta de respeito às competências próprias do Congresso que dia a dia praticam os diferentes ministérios”, quando se trata de contratos públicos. Por isso, demandam mais informações, num contexto onde se estuda a aquisição por parte de Indra a Escribano Mechanical & Engineering (EM&E) já que, por enquanto, manifestam “desconhecer os montantes totais de sete dos contratos”.

Segundo os populares, esse acordo já conta com uma prefinanciação acordada neste momento de 5.959 milhões de euros, 41,7% do total dos empréstimos, dos quais 3.169 milhões são em UTE com EM&E.

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