A CMVM atinge Fernando Romero, fundador da EiDF, com uma nova multa milionária

O regulador bolsista impõe uma nova sanção ao ex-presidente da companhia de renováveis de um milhão de euros por operações sobre as ações da companhia no primeiro trimestre de 2022

A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) impôs uma nova multa de um milhão de euros ao ex-presidente e fundador da EiDF, Fernando Romero, por realizar práticas constitutivas de manipulação de mercado, umas ações que teriam sido realizadas sobre as ações do grupo de renováveis em 2022.

Junto a Romero também foi multada com um montante de 200.000 euros Rebeca Alonso Abril, atual conselheira dominical da EIDF em representação de Prosol Energia.

Especificamente, conforme consta no Boletim Oficial do Estado (BOE) desta segunda-feira, o supervisor de bolsa impõe essa sanção aos dois executivos por ações “de práticas constitutivas de manipulação de mercado na operação realizada através das sociedades Reb Hire e Liber Asset, sobre ações da EiDF durante 30 sessões do primeiro trimestre de 2022”.

Explica ainda que a resolução de ambas as multas “apenas se firmou via administrativa”, sendo susceptível de revisão judicial pelo Tribunal de Justiça Administrativa da Audiência Nacional.

Prosol Energía

Essa sanção soma-se a outras que Romero já recebeu da CNMV por operações semelhantes. Foi precisamente no passado agosto, quando o organismo presidido por Carlos San Basilio impôs sanções por um montante total de 6,4 milhões a Fernando Romero, seu irmão Óscar Antonio Romero, assim como outras duas pessoas físicas, Arkaitz Lozano Hurtado e Enrique Noya Santos, e as sociedades Liquidaciones Vizcaya e Albujón Solar 81 por manipulação de mercado na operação sobre ações do grupo de renováveis em 2022.

Em outubro do ano passado, Fernando Romero apresentou sua renúncia voluntária como conselheiro e presidente da EIDF, sendo substituído no cargo por Eduard Romeu como novo presidente da companhia.

Ainda assim, Romero continua ligado à EiDF através de Prosol Energia. O empresário, segundo os dados do Registro Mercantil, figura como administrador único desta sociedade, que, no entanto, Rebeca Alonso (agora sancionada pela CNMV) aparece como principal acionista. Prosol Energía controla 36,4% dos direitos económicos da EiDF e 17,5% dos direitos políticos enquanto o family office luxemburguês Laurion Financial Enterprises detém 11,56% dos direitos económicos e 30,47% dos políticos.

Sanção em agosto

No passado agosto, a CNMV já impôs outra sanção milionária ao executivo de origem basca, também por manipulação de mercado sobre as ações da EiDF, neste caso, numa operação realizada no quarto trimestre de 2022.

A Fernando Romero foi imposta uma multa de dois milhões de euros enquanto que seu irmão, Óscar Antonio Romero Martínez, foi sancionado com outro milhão de euros. As entidades Liquidaciones Vizcaya e Albujón Solar 81 receberam sanções, cada uma, de 1,5 milhões.

Outras duas pessoas físicas, os executivos Arkaitz Lorenzo Hurtado e Enrique Noya Santos, receberam sanções de 300.000 e 100.000 euros, respetivamente.

Sobre essa multa de dois milhões de euros, o fundador da companhia de renováveis já apresentou um recurso contencioso-administrativo, uma operação que, espera-se, volte a realizar com esta nova sanção.

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