A patronal galega clama contra a saturação da rede elétrica: “Põe em risco projetos industriais”

A Confederação dos Empresários da Galiza (CEG) advertiu que a “saturação” das redes elétricas está impedindo novos projetos industriais na Galiza e, na sua visão, “compromete a competitividade e o emprego”.

Assim o indicou a CEG em um comunicado, onde reivindicou que a Galiza é uma das comunidades com maior capacidade de geração elétrica de Espanha, produzindo mais eletricidade do que consome. “No entanto, essa força contrasta com uma rede de transporte e distribuição insuficiente”, lamentou.

“A Galiza corre o risco de perder uma oportunidade industrial chave ligada à transição energética e à reindustrialização pela insuficiente investimento em redes elétricas, derivada de um quadro regulatório que não incentiva adequadamente tais investimentos”, insistiram os empresários galegos.

Estes destacam que, embora tenham uma indústria “preparada para avançar na descarbonização”, o atual quadro retributivo das redes elétricas “não oferece a segurança nem a rentabilidade necessárias para realizar os investimentos que o sistema requer”.

Critérios de retribuição

“Esta situação coloca em risco projetos industriais estratégicos, emprego de qualidade e investimentos presentes e futuros na Galiza”, insistem.

“A Galiza não pode ficar à margem do processo de reindustrialização e transição energética pela falta de infraestruturas básicas”, advertiu o presidente da CEG, Juan Manuel Vieites, que apontou que “sem uma rede elétrica suficiente e bem dimensionada, será impossível atrair novos projetos industriais, reter investimentos e gerar emprego”.

Além disso, ele categorizou como “incoerente” a falta de homogeneidade nos critérios de retribuição das redes elétricas em comparação com outros países europeus.