A Xunta ataca o Governo pela AP-9: “Quanto mais se demore com o resgate, maior será o prejuízo”

A Xunta de Galiza volta a carregar contra o Governo central controvérsia sobre a AP-9. Através de um comunicado, o Executivo autonómico acusa a Moncloa de “punir os galegos” ao “condená-los a seguir pagando um pedágio injusto” na autopista AP-9.

O Governo que lidera Alfonso Rueda criticou a resposta do Executivo de Pedro Sánchez ao parecer da Comissão Europeia que declarava a irregularidade das prorrogações da concessão da AP-9.

Nesse sentido, a Xunta denunciou a “falta de coragem” do Governo que, na sua opinião, perdeu a oportunidade “para resgatar a AP-9 e liberar o pedágio” daquela que é “a principal via que vertebraliza a comunidade e seria a alternativa mais vantajosa para o interesse público”.

Sobre este ponto, a Xunta lembrou que elaborou um novo estudo no qual o custo atual do resgate é elevado para 2.356 milhões de euros, que se incrementou desde os 2.331 milhões calculados em 2024. “Quanto mais tarde acontecer esse resgate, maior será o prejuízo para os contribuintes e usuários da autopista”, sublinhou, insistindo que há “16 anos” reclama a transferência da AP-9 para Galiza.

Isso após ficar conhecido que nesta quarta-feira o Governo respondeu ‘in extremis’ ao ultimato dado pela Bruxelas sobre a prorrogação da concessão da AP-9, visto que a Comissão Europeia considera que violou as regras da União Europeia em matéria de contratação pública.

Isso depois que em julho a Comissão Europeia enviou um ultimato ao Executivo central para que corrija as irregularidades pelas quais foram prorrogadas as concessões dos pedágios nas autoestradas AP-66 e AP-9 e que, aos olhos de Bruxelas, violam as regras da União Europeia em matéria de contratação pública e de concessão de autoestradas. Uma questão que, se não resolvida no prazo de dois meses (que expira nesta quarta-feira), os serviços comunitários poderão elevar ao TJUE.