Antonio Sieira, fundador da Ignis, irrompe no conselho da Alcoa Inespal.
O CEO da Ignis aterrissa no conselho de administração da Alcoa Inespal SL, que completou um aumento de capital de 17 milhões de euros.

Virada na Alcoa Inespal. A empresa líder da alumineria na Espanha começa uma nova etapa com Ignis EQT em seu quadro societário e dando entrada a Antonio Sieira, fundador e CEO do grupo energético, no seu conselho de administração.
Isso é o que se segue das últimas anotações do Boletim Oficial do Registro Mercantil de Madrid. Alcoa Inespal SL perdeu o caráter de unipessoal e passou a contar com um conselho de administração no qual figuram como membros Matthew Thornton e Antonio Sieira. A presidência agora é de Robert Scott Bear.
O movimento, efetuado no último 28 de julho, foi acompanhado por outras duas operações. Por um lado, Alcoa Inespal SL realizou um aumento de capital no valor de 19 milhões de euros para elevar o total de 57 para 76 milhões.
Por outro lado, a sociedade realizou a reformulação dos estatutos sociais para passar a incluir entre suas atividades “a fabricação de alumina, alumínio e suas ligas pelos procedimentos e a partir das matérias-primas que em cada época sejam consideradas mais favoráveis para o interesse social e para a economia do país” e a “transformação do alumínio, suas ligas, outros metais e produtos plásticos”.
Dessa forma, a sociedade deixa de ter como administradora única a Alcoa Nederland Holding BV, a empresa por meio da qual controlava suas operações na Europa sob um regime fiscal mais favorável, como é o dos Países Baixos.
O acordo de Alcoa e Ignis EQT
Com esta série de operações, Alcoa enfrenta um novo cenário em San Cibrao com Ignis EQT como aliada. De acordo com as informações previamente fornecidas por Alcoa, a multinacional americana investirá 75 milhões de euros para formar uma empresa conjunta com a qual controlarão os ativos de San Cibrao.
Ignis EQT, por sua vez, contribuiria com outros 25 milhões para obter uma participação de 25%. Como parte do acordo, Alcoa também deixou a porta aberta para contribuir com até 100 milhões de euros a mais, dependendo da necessidade das operações e, caso fosse necessário um financiamento adicional, este seria realizado com base na participação dos sócios, ou seja, 75% dos americanos e 25% de Ignis EQT.
Entre os pontos do contrato assinado entre as duas partes também figura uma opção de venda por parte de Ignis EQT que permite exigir a recompra de sua participação “pelo valor justo de mercado” no momento em que for ativada.