O aeroporto de Santiago perde quase 13% do seu tráfego antes do ‘corte’ da Ryanair

Uma de cal e outra de areia para os aeroportos galegos nestes primeiros oito meses de 2025. As três terminais acolheram um total de 3,8 milhões de passageiros no decorrer do ano, dos quais mais da metade (2,2 milhões) correspondem a uma terminal de Santiago que já vislumbra no horizonte os novos planos de corte da Ryanair.

O aeroporto de Santiago-Rosalía de Castro, registou um total de 346.012 passageiros em agosto, o que representa uma queda de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Quanto às mercadorias, o registro alcançou as 262 toneladas. Esta queda se intensifica ainda mais no dado acumulado do ano, que se situa em 12,8% em relação ao registrado em agosto de 2024.

A terminal compostelana enfrenta assim um cenário marcado pelos planos da Ryanair para fechar sua base, uma movimentação que implicará a perda de um investimento próximo aos 180 milhões de euros e que coloca em xeque a uma companhia aérea que movimenta por volta de um quarto do seu tráfego aéreo. A esta medida, que implicará um corte de 1,2 milhões de assentos, somar-se-á o cancelamento de todos os voos para Vigo a partir de janeiro de 2026 e Tenerife Norte a partir do início do inverno de 2025. Além disso, os aeroportos de Valladolid e Jerez permanecerão fechados durante o inverno de 2025.

A situação de Lavacolla, que já viu como neste ano Ryanair eliminava 28% dos seus voos e retirava um dos três aviões B737 com base lá, é semelhante à de Peinador. O aeroporto de Vigo fechou o mês de agosto com um total de 738.110 passageiros acumulados (um aumento de 7,8%). No oitavo mês do ano, Peinador registou 1.230 voos (+1,1%) e 111.611 passageiros (-4,4%).

Esta dinâmica contrasta com a do aeroporto de Alvedro, que fechou o mês de agosto com 107.474 passageiros (um aumento de 4,2%), o que permite elevar até as 851.830 pessoas o dado acumulado dos oito primeiros meses do ano, o que significa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2024.