O Clúster de Turismo denuncia “falta de vontade política” ante o corte de Ryanair na Galiza
O seu presidente, Cesáreo Pardal, calcula que o fecho da base da Ryanair em Lavacolla e o cancelamento das suas rotas para Peinador representarão a perda de 1,2 milhões de lugares em Galiza

O presidente do Clúster Turismo de Galiza critica o Governo pela fuga da Ryanair de Lavacolla e Peinador. Cesáreo Pardal lamentou esta quarta-feira que a política aeroportuária do Executivo central com Galiza é “insuficiente e desoladora”, e desde o setor temem a subida do preço das passagens.
Em declarações à Europa Press, Pardal reconhece que a movimentação da Ryanair gerou “muita preocupação”, embora já soubessem dessa possibilidade há um ano. Segundo seus cálculos, representa uma perda de 1,2 milhões de lugares, o que “pode repercutir negativamente” nos números de ocupação hoteleira de toda a comunidade, e ainda é “uma das piores notícias para a desestacionalização”.
“Cada vez estamos mais isolados”
Nesse sentido, Pardal denunciou a “falta de vontade política” para resolver a questão da descoordenação aeroportuária entre os três aeroportos, a que se somam as “insuficientes frequências” de AVE. “Cada vez estamos mais isolados nesta Comunidade e jogamos em clara desvantagem com outros destinos na hora de competir”, assinalou.
Do setor veem um panorama “francamente negro”, já que as demais companhias também não têm aviões para colocar em novas rotas que venham a Galiza. Além disso, preocupa o aumento do preço das passagens, condicionado por uma maior demanda de voos. “As passagens na Galiza são muito mais caras do que em outros aeroportos. Custa-nos cada vez mais sair, porque a demanda é muito maior que a oferta e os algoritmos das companhias assim o detectam”, explicou.
Com tudo, lamentou que quem vai ser prejudicado são todos os cidadãos da comunidade e os turistas que queiram vir conhecê-la.