Resonac lança um plano para economizar custos e corta 40% do pessoal da sua fábrica na Alemanha
A antiga Showa Denko espera reduzir os custos fixos anuais em cerca de 11,7 bilhões de ienes, aproximadamente 65 milhões de euros ao câmbio, em relação aos registrados no exercício anterior
Instalações da Resonac em A Corunha
Resonac vai reduzir aproximadamente 40% do pessoal da sua planta na Alemanha. A medida está incluída num plano de racionalização com o qual a antiga Showa Denko espera reduzir os custos fixos anuais em cerca de 11.700 milhões de ienes, cerca de 65 milhões de euros ao câmbio, em relação aos registrados no exercício anterior.
A companhia, que propõe um projeto de produção em grande escala de grafite sustentável para ânodos de baterias de veículos elétricos na antiga planta da Alcoa em A Coruña, teria tomado esta decisão impulsionada por um ambiente de mercado complexo, marcado por uma demanda fraca e preços agressivos.
Segundo destacam os analistas, o impacto financeiro destas medidas teria sido contabilizado de forma parcial na previsão de ganhos para o atual exercício fiscal. Para o próximo ano, a firma contemplaria aplicar novas reduções de custos.
O projeto da Resonac em A Corunha
No início de setembro, a companhia foi uma das beneficiárias na atribuição de subvenções por parte do Ministério da Indústria no âmbito da quarta convocação do Perte do Veículo Elétrico e conectado na sua seção de baterias.
Dos 27,3 milhões atribuídos, a companhia recebeu 2,74 para o projeto que propôs em A Corunha. Como figurava na resolução do Perte, os fundos públicos cobrirão 14% do investimento que o grupo japonês pretende realizar, que excede os 18 milhões.
O projeto da Resonac, que se denomina Ikigai, foi apresentado no ano passado e pretende levantar uma planta pioneira para o uso de grafite destinado a ânodos de baterias de carros elétricos e de eletrodos de grafite para fornos de produção de aço.
Outras ajudas
Em maio do ano passado a companhia recebeu do Ministério da Indústria 2,5 milhões provenientes do Perte de descarbonização industrial para substituir 14 queimadores para que possam funcionar com hidrogênio em lugar de com gás natural e o sistema de alimentação nos fornos de cocção para habilitá-los para a utilização de hidrogênio em substituição do gás natural.
No final de 2023, a companhia adquiriu as antigas instalações de Alu Ibérica no polígono da Grela. Uns meses mais tarde anunciou a implementação de um investimento de nove milhões para erguer uma planta piloto com a qual completar o processo de produção de grafite para ânodos de baterias de carros elétricos.