Alcampo, Squirrel, Nordex, Eroski, Parfois, Nowo… Os executivos galegos que triunfam no exterior

A empresa familiar galega aposta por diretores 'da casa' mas, mais além, Alcampo acaba de promover ao cargo de diretor-geral o corunhês Carlos Pedreira, caso semelhante ao de Rosa Carabel, conselheira delegada de Eroski. Além disso, na Alemanha, o chantadino José Luis Blanco Diéguez chegou a ganhar o título de melhor CEO do país

Acima (E-D) José Luis Blanco (Nordex), Carlos Pedreira (Alcampo), Rosa Carabel (Eroski) e Jesús Esmorís (Amper). Abaixo, à esquerda, Pablo Pereiro (Squirrel Media) ao lado de Susana Sánchez (Tous) e Arturo Dopico (Nowo)

A grande empresa galega aposta por primeiros executivos de casa. Há quatro anos, quando foi anunciada a saída de Pablo Isla da Inditex, a pessoa chamada a substituí-lo, num tandem junto à nova presidente não executiva, Marta Ortega, foi o corunhês Óscar García Maceiras. Um advogado do Estado que antes passou pelo Pastor, pelo Popular e pelo Banco Santander. Também o novo homem forte dos negócios de Amancio Ortega após a reforma de José Arnau és um galego. Roberto Cibeira, um ex Arthur Andersen natural de O Carballiño. São apenas dois exemplos, porque das grandes conservadoras, às companhias lácteas e as navais, a empresa familiar também contrata em chave autóctone. Menos conhecidos, às vezes, são os diretores de origem galega que fazem parte das cúpulas de grupos estrangeiros. O caso mais recente, o de Carlos Pedreira Freire, corunhês que acaba de ser nomeado diretor-geral da Alcampo.

Alcampo, Eroski, DIA…

Foi no passado outubro quando este ex de Inditex e Kiabi, até então diretor de Património e Proximidade Digital da companhia, subiu à Direção Geral da Alcampo, substituindo no cargo a Américo Ribeiro. Com 48 anos, Pedreira assume nesta nova etapa posições de conselheiro em diferentes países onde opera Auchan Retail assim como a presidência da Zenalco, a central internacional de compras de frutas e verduras de Auchan Retail.

No setor da grande distribuição alimentar existem outros e outras ilustres diretores de acento galego. A corunhesa Rosa Carabel, por exemplo, é conselheira delegada do grupo Eroski, o sócio na Galiza de Vegalsa, desde julho de 2022, embora um ano antes já tivesse subido a diretora-geral.

Ainda que já não trabalhe no setor, caso recordado é o de Borja de la Cierva, outro ex de Inditex que também passou pela antiga Fadesa e por El Corte Inglês e que foi nomeado CEO da DIA em 2018, cargo no qual se manteve até 2019.

Melhor CEO da Alemanha desde Chantada

Não só fora da Galiza mas fora de Espanha encontra-se o chantadino José Luis Blanco Diéguez que desde o início de 2017 ocupa o cargo de primeiro executivo na Nordex, fabricante alemão de aerogeradores controlado pela Acciona. Em 2020 foi nomeado melhor CEO do país germânico pelo instituto de pesquisa financeira Obermatt.

Diz seu currículo que Blanco começou sua trajetória profissional na viguesa Industrias Ferri, mas no final dos anos 90 saltou para Gamesa para posteriormente ser contratado pela Acciona, que em 2012 o nomeou responsável pela sua filial de fabricação eólica. Ao cargo de CEO da Nordex ascendeu em 2017. Desde há dois anos, além disso, desempenha o cargo de presidente da patronal europeia da energia eólica WindEurope.

Arturo Dopico e Portugal

Da Alemanha a Portugal. Em Lisboa encontra-se o histórico executivo galego Arturo Dopico, que foi CEO durante quase duas décadas da companhia de cabo R, da qual saiu em março de 2016. Três anos depois desembarcaria na MásMóvil, que o contratou com o objetivo de liderar seu negócio português, naquele momento denominado Nowo/Oni.

No ano passado, a teleco amarela vendeu sua filial lusa ao operador russo Digi, que assim ficou com um negócio de cerca de 270.000 clientes de redes móveis e 130.000 de fixas. Apesar da mudança de titularidade, por enquanto, Dopico mantém seu posto como CEO.

Os galegos da Parfois

Ainda no país vizinho, desde há três anos outro diretor galego, Jesús Salcedo, ocupa o posto de Chief Technology Officer, diretor de Tecnologia da cadeia de moda e acessórios Parfois. Chegou oriundo da marca britânica Clarks, onde ocupava o mesmo cargo, embora antes passasse mais de 12 anos nas equipas de tecnologia digital de Arteixo, como não, na Inditex.

Além de Salceda, Parfois contou com uma conselheira delegada galega até bem pouco. Susana Sánchez, que em setembro passado assinou pela firma catalã de joalharia e complementos Tous, após a saída de Carlos Soler-Duffo, que acaba de recalar no conselho de Bimba y Lola.

Nascida em Caracas mas considerada galega, Sánchez desembarcou na Parfois em 2021 embora antes fosse diretora-geral corporativa da pesqueira galega Profand e diretora comercial e de negócios durante mais de seis anos na Bimba y Lola.

Squirrel Media

Há também quem seja presidente e CEO de uma companhia tão próxima quanto uma cadeia de televisão, mas continue sendo praticamente desconhecido para o conjunto dos galegos. Acontece com Pablo Pereiro, empresário e advogado lucense que adquiriu em 2016 a produtora Vértice 360, que cotava desde 2007 no mercado contínuo e que após a pandemia mudou o nome a Squirrel Media.

Com uma capitalização bolsista de 257 milhões de euros, a empresa está imersa num processo de crescimento orgânico e inorgânico. Entre suas últimas aquisições, encontra-se a empresa tecnológica estadounidense Pretopay, juntamente com outros ativos, soluções e desenvolvimentos tecnológicos especializados na representação e gestão integral de conteúdo digital e influencers.

Também há galegos nas cúpulas da grande indústria fora da Galiza. Até março deste ano o corunhês Jesús Esmorís ocupou o lugar de CEO da Tubacex, a companhia especializada na produção de tubos e

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