Inditex voa na bolsa impulsionada pela Jefferies, que estima que ainda vale mais 34.000 milhões

A têxtil de Amancio Ortega volta a marcar máximo no Ibex após mais bênçãos dos analistas, que acreditam que a ação poderia chegar aos 67 euros, alcançando uma capitalização de quase 209.000 milhões

Ilustração de Amancio e Marta Ortega sobre um edifício da sede central da Inditex. Foto: Pablo Ares Heres

Inditex continua a voar na bolsa. Nesta quinta-feira, a cotada de Amancio Ortega fechou a sessão no Ibex marcando máximos do ano e aproximando-se do seu máximo histórico, com a ação a 56,2 euros, o que lhe confere uma capitalização de 175.155 milhões de euros. No entanto, há casas de análise que acreditam que ainda pode crescer muito mais, o que justamente estimula os investidores. É o caso de Jefferies, que nesta jornada emitiu um relatório no qual eleva o preço-alvo da ação até os 67 euros. Ao atingir essa cifra, seu valor em bolsa iria até os 209.000 milhões de euros.

Ao alcançar essa capitalização de mercado no futuro, colocar-se-ia dentro do top 5 das maiores empresas em bolsa na zona euro. Atualmente, já ocupa o sétimo lugar após o rally deste mês de dezembro, após a apresentação de resultados trimestrais que novamente convenceram o mercado ao melhorar seu ritmo de vendas e lucros.

As ações da Inditex estenderam-se nesta quinta-feira um 2,55%, com o que a cotada já marca uma revalorização de mais de 13% no que vai do ano. Tudo isso, em grande medida, pelo espetacular empurrão dado este mês de dezembro, já que ao longo do ano sua cotação foi anêmica quando não negativa, devido a uns crescimentos que não convenciam o mercado pela sua desaceleração (ainda marcando recorde em cada trimestre).

De Citi a Bestinver, acima dos 60 euros

Jefferies não é a única casa de análise que sustenta que a ação da Inditex pode disparar acima dos 60 euros. No início do mês, também Citi emitiu um relatório no qual elevava seu preço-alvo até os 63 euros (neste caso, sustenta que poderia alcançar uma capitalização de mercado de 196.000 milhões de euros).

Também nesta quinta-feira se pronunciou Bestinver, que elevou o preço-alvo da ação até os 64 euros, indicando que “a excelente execução da Inditex impulsionou as margens e a geração de caixa nos últimos resultados”.

Desde Bestinver apontam que veem potencial de crescimento nas suas estimativas para 2026 através das divisas, uma margem bruta mais substancial e menores custos financeiros. “Em geral, acreditamos que a Inditex oferece um perfil de risco/recompensa favorável para o próximo ano”, opina.

“A crème de la crème”

Jefferies sustenta no seu último relatório que “ao César o que é de César”. Seus analistas defendem que durante o próximo ano, os acionistas da Inditex deveriam ser recompensados na sua aposta por um “grupo único”. De fato, sustentam que com a combinação do seu aumento de área de venda e a eficiência da mesma, os sócios deveriam alcançar um TSR (o rendimento total para o acionista tendo em conta pagamentos e revalorização da ação) de entre 15 e 19%.

Por outro lado, também defende a financeira que o cerco de Bruxelas a Shein e Temu, especificamente mediante “a eliminação da lacuna legal de minimis”, deveria beneficiar a companhia.

Jefferies sustenta que a Inditex é “a crème de la crème” e indica que as avaliações que a cotada recebeu ao longo do ano não apreciaram “a trajetória do grupo nem o seu perfil de rentabilidade”. “Uma comparação com o contexto de consumo mais amplo destaca que o desempenho comercial foi insuperável”, assegura.

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