Malasa, Aluman, Kimak, Cândido Hermida… Os grandes fornecedores galegos da Inditex dobram lucro.

Os grandes fornecedores galegos da Inditex redobram sua expansão. Grupo Malasa, Kimak e Alumán fecharam o ano fiscal de 2024 com crescimento tanto na faturação quanto nos lucros, graças à expansão para novos mercados.

A última empresa a apresentar suas contas referentes ao último ano foi o Grupo Malasa. A companhia viveu um 2024 de renovação tanto em sua equipe diretiva quanto em seu quadro societário. Hortensia Herrero (vice-presidente da Mercadona) agora é a segunda maior acionista (controla 31,1%), tendo como maioritário o co-fundador Javier Pérez Patiño.

A evolução positiva do negócio de mobiliário e de sua filial no México (estabelecida em 2020 e que controla sua fábrica em Querétaro) permitiu que Malasa aumentasse suas receitas em 16,1% no último ano.

Sua cifra de negócios quase superou a barreira de 150 milhões de euros (149 milhões) graças ao impulso de seu negócio internacional, que em apenas um ano passou a contribuir com 43,6% de suas vendas para 57,9%. Essa melhora em sua faturação foi refletida em um lucro líquido que disparou 136,6% e alcançou os 17,2 milhões de euros.

Kimak cresce e funde filiais

Nessa linha ascendente tanto em receitas como em lucros tem operado também Kimak. O antigo Grupo Caamaño viveu um 2024 de expansão com suas quatro grandes filiais: Caamaño Sistemas Metálicos, Metales y Muebles Especiales, Hydracorte e Citanias Obras y Servicios.

O fornecedor da Inditex, com domicílio em Madrid mas com seus centros de produção em Alvedro (Culleredo), absorveu em julho passado parte dos ativos de sua matriz Kider através de uma nova reestruturação na qual realizou a fusão por absorção de uma nova firma, Transitoriax Consulting, e ativou o processo para fundir Caamaño Sistemas Metálicos, Metales y Muebles Especiales e Hydracorte.

As duas primeiras são o navio-almirante deste grupo especializado no design, fabricação e instalação de sistemas, estruturas, fechamentos, mobiliário e vitrinas. Metales y Muebles Especiales conseguiu, assim como Malasa, dobrar seu lucro líquido, que passou de 3,2 para 6,3 milhões de euros em um ano no qual sua cifra de negócios disparou 33,8%, alcançando 87 milhões de euros.

Esta cifra é mais do dobro dos 42,1 milhões alcançados por Caamaño Sistemas Metálicos, que cresceu 22% em faturamento e conseguiu aumentar seus lucros líquidos de 2,3 para 4,9 milhões de euros.

Por sua parte, Hydracorte saltou de 10 para 11,1 milhões de euros em termos de faturamento, enquanto seu lucro líquido retrocedeu de 385.000 para 280.000 euros.

Além dessas três grandes filiais focadas em seu negócio tradicional, Kimak transformou em 2021 sua antiga filial Syca para criar Citanias Obras y Serviços. Esta empresa, especializada em construção civil, também registrou um aumento de dois dígitos em seus ingressos (incrementaram 24,3%, até os 52,8 milhões de euros), mas, em contrapartida, viu seu resultado líquido descer até 1,04 milhões de euros, 18% a menos.

Alumán soma e segue

Também em um concelho da área metropolitana de A Coruña, neste caso Arteixo, localiza-se a sede de outra das empresas que acompanhou Inditex em seu processo de expansão até se tornar uma nova multinacional. E é que Alumán, grupo presidido por Manuel Ángel Pose, anunciou no passado mês de abril que sua cifra de negócios superou os 126 milhões de euros em 2024.

Trata-se de um salto de 15% que permitiu que a empresa de carpintaria metálica se instalasse em máximos históricos. As contas anuais da companhia ainda não figuram no Registro Mercantil, mas na apresentação de resultados realizada quatro meses atrás, seu diretor financeiro, Ángel Martínez, explicou que o lucro líquido “também aumentou em comparação com o exercício anterior”, embora não tenha detalhado a cifra.

Os ganhos situam-se, dessa maneira, acima dos 3,7 milhões alcançados no exercício anterior. A firma trabalhou ao longo do ano em um total de 250 projetos localizados em mais de 30 países e conseguiu 55% de suas vendas fora da Espanha.

Cândido Hermida fatura menos, mas é mais rentável

Dessa boa dinâmica de resultados dos grandes fornecedores galegos da Inditex, somente se desmarca Cândido Hermida. O grupo, com base de operações em Narón, encerrou seu ano fiscal de 2024 com uma cifra de negócios de 66,1 milhões de euros, o que representa um corte de 13% em relação ao ano anterior.

Contudo, o esforço em termos de contenção de gastos permitiu que a companhia fundada pelo empresário de San Sadurniño registrasse um lucro de 3,2 milhões de euros, algo que contrasta com os números vermelhos no valor de 2,1 milhões de euros obtidos em 2023.

Assim como em Alumán ou Malasa, Cândido Hermida avançou em termos de internacionalização. As receitas geradas no mercado nacional caíram de 21,8 para 10,7 milhões, enquanto que no resto da União Europeia recuaram de 26,3 milhões (falta o dado final). Parte dessa queda foi compensada com o avanço nos mercados do “resto do mundo“, que registrou um aumento de 28,4 para 33,5 milhões.

Nos próximos anos, a firma prevê “um aumento progressivo do volume de faturamento com a Inditex (…) com previsão de alcançar 38,7 milhões em 2025 e 39,3 milhões em 2026” apenas através de suas vendas com o gigante sediado em Arteixo.