Shein abre a sua primeira loja física perante o golpe de Bruxelas aos seus envios e em plena expansão de Lefties

A multinacional chinesa líder do ‘fast fashion’ abrirá em novembro suas primeiras lojas físicas na França após fechar um acordo com o grupo imobiliário Société des Grands Magasins (SGM)

Shein dá o salto para o varejo tradicional. A multinacional chinesa líder do fast fashion anunciou a abertura em novembro das suas primeiras lojas físicas permanentes na França após fechar um acordo com Société des Grands Magasins (SGM), proprietário de grandes armazéns.

Segundo explicam da empresa a Economia Digital Galiza, estão colaborando com o grupo imobiliário para “testar experiências físicas de varejo em seis cidades da França, combinando a ambição da SGM de transformar os centros comerciais em autênticos destinos com a capacidade digital da Shein de prever com precisão a demanda local dos clientes”.

“Como um mercado de moda global influente, a França é uma escolha natural como nosso primeiro mercado de teste para este tipo de experiências físicas de varejo. Além disso, os comentários dos clientes na França nos últimos anos mostraram um interesse crescente em ter mais pontos de contato físicos com nossa marca”, explicam.

Da multinacional consideram que esta abertura lhes oferece “a oportunidade de fundir nosso modelo líder de produção sob demanda com o varejo físico, oferecendo a conveniência e o valor que nossos clientes esperam, ao mesmo tempo que permite interações pessoais e uma experiência de marca tangível”.

Até agora, o contato que tinham tido da Chris Xu com o varejo tradicional foi por meio de suas pop up stores, umas lojas efêmeras que levaram a cidades de todo o mundo como Madrid, Barcelona, Paris, Marselha, Montreal ou San Antonio, e que levantaram uma grande expectativa, com pessoas fazendo fila para entrar durante horas.

Taxas na UE?

O anúncio da companhia ocorre em um contexto no qual a UE pretende limitar a entrada em seu solo comunitário dos produtos low cost e impor uma taxa de dois euros às compras em plataformas como shein, Temu ou Ali Express.

Segundo os cálculos do Executivo de Ursula von der Leyen, no ano passado entraram no mercado europeu cerca de 4.600 milhões de envios low cost (de 150 euros ou menos) à razão de uns 12 milhões de pacotes diários, o dobro que no ano anterior e o triplo que em 2022.

Como detalhou em maio o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, essa “inundação” de pacotes “representa um desafio para o controle e a segurança”. “Estamos falando de dois euros por pacote pagos pela plataforma. E se for por serviços oferecidos pelos armazéns nos quais esses pacotes são armazenados, é até menos, de 0,50 euros”, apontou.

A expansão de Lefties e o lançamento de Amazon Haul

Às barreiras do Executivo comunitário deve-se somar a expansão dos concorrentes. Por um lado está o desembarque de Lefties —a firma low cost de Inditex— no Reino Unido, um dos mercados chave de outro dos gigantes do segmento: Primark

Segundo avançava Bloomberg o gigante têxtil com base de operações em Arteixo estaria considerando ao menos quatro localizações para Lefties, com terrenos de 1.800 metros quadrados. Indica a agência que “está considerando o centro comercial Lakeside, em Essex, o Bluewater em Kent e locais em Oxford Street e Westfield London”. A multinacional de Marta Ortega não fez avaliações sobre esta publicação.

Por outro lado, estaria o crescimento de Amazon Haul, a plataforma low cost do gigante do ecommerce, que nesta quarta-feira abriu as portas ao mercado espanhol com produtos por menos de 20 euros (e muitos deles por menos de 10).

O aterrizamento na Espanha ocorre após o sucesso em outros países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

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